quarta-feira, 25 de março de 2015

O Redescobrir Das Pessoas

As pessoas precisam conhecer-se cada vez mais para desenvolver sua auto-estima, redescobrir a emoção no trabalho e conquistar seu espaço na era da globalização  
  
Alexandre Garrett
...Nesse momento de transformações que estamos vivendo criar filhos, trabalhar e se realizar como pessoa e profissional passa a ser o nosso maior desafio. E ele será vencido apenas com a descoberta do que e quem somos e que missão estamos cumprindo neste universo. Cada um de nós ao optarmos por determinadas metas de vida nos deparamos com diversas questões sem respostas. "Essas respostas serão dadas somente com a evolução dos relacionamentos afetivos que mantemos na família, no trabalho e com nós mesmos", assinala Roberto Shinyashiki, consultor organizacional, psicoterapeuta e diretor do Instituto Gente, lembrando que "somos eternos aprendizes e aqui estamos para desvendar os mistérios da vida". Com sua experiência de médico especialista em gente, ele propõe que estes mistérios serão mais facilmente reconhecidos se tivermos relações profundas e significativas com os nossos pais, filhos, amigos e colegas de trabalho. Somos, no seu entender, uma espécie de companheiros de viagem.
...Viagem para uns, trilha e caminho para outros, o que importa é que este processo de viver nos obriga a enfrentar constantes mudanças. E são estas mudanças que definem atitudes e comportamentos que adotamos diante dos outros e de nós mesmos. Para interpretar, conviver e colaborar com a adaptabilidade das pessoas no mundo das organizações, da família e da vida social, cada vez mais surgem cursos, seminários, workshops e consultores especializados em autoconhecimento. Conhecer-se passou ser a chave da virada para o sucesso profissional e a realização pessoal. "Antigamente o foco das empresas estava na tecnologia e no processo de produção. Hoje tudo está voltado para o indivíduo e seu aperfeiçoamento como pessoa e profissional. É preciso entendê-lo e o incorporar aos sistemas de gestão das empresas. E o mais importante é deixá-lo à vontade com o seu meio social, isto é, tentar realizar parte de seus sonhos e desejos", comenta Benê Catanante, psicóloga e sócia-diretora da Com Ciência Recursos Humanos, empresa de consultoria voltada ao desenvolvimento profissional e pessoal.
...O mercado para todos, a chamada globalização, a reestruturação das empresas, a redução nos postos de trabalho e a competitividade acabaram por reduzir as relações cordiais entre as pessoas. "As coisas do coração parecem ser de outros tempos", assinala Waldemar Helena Júnior, consultor de empresas e advogado, autor do livro Alquimia do Encontro - Um guia de qualidade nas relações pessoais e profissionais - editado pela Editora Gente - afirmando que "reencontrar-se consigo mesmo e com o outro é parte da vida e se o encontro afetivo parece ter ficado para trás, é preciso recuperá-lo, com urgência, para que faça parte do presente".
..."Diálogo transparente, negociação, olho no olho, parceria e confiança,para gerar o comprometimento entre as pessoas", é a receita do consultor para que haja crescimento pessoal e profissional. Ele lembra que o ser humano é um poço sem fundo de expectativas, sempre barganhando frustações e ansiedades. A grande questão ao ser ver, é o tempo de permanência em uma dessas situações. "A perplexidade é positiva,mas não pode perdurar por muito tempo sem solução", comenta. Em seu livro Waldemar Helena comenta ainda as mudanças que transformaram o processo produtivo nas organizações e os paradigmas ainda vigentes e emergentes no dia-a-dia do trabalho. (Ver quadros)
..."Coração no Trabalho" é um dos últimos lançamentos da Ediouro no mercado editorial nacional. O livro, de Jack Canfield e Jacqueline Miller, publicado originalmente nos Estados Unidos, conta histórias e estratégias para construir a auto-estima e redescobrir a emoção no trabalho. Ele é um exemplo de que no mercado norte-americano o tema já está amplamente debatido e que também representa uma tendência a nível das empresas o foco na auto-realização das pessoas. "O ambiente de trabalho nas organizações modernas está levando ao endurecimento do espírito humano. Reagindo contra isso, as pessoas estão manifestando suas emoções, exigindo "espírito no trabalho ", destaca Willis Harman no prefácio do livro, sublinhando que "está na hora de levar o coração ao local de trabalho e de analisar o que estamos fazendo uns com os outros e com o nosso trabalho".
...Lavínia Lins Coelho, psicoterapeuta do Hospital do Servidor de São Paulo, considera essencial a retomada da emoção no trabalho. "Nos últimos tempos aumentou-se muito a abrangência do não consigo e não posso. Isto esconde a atitude cômoda e até covarde das pessoas de não ter que tomar posição em relação aos fatos que o cercam. "É como se estivéssemos decidido ver no escuro e isso fosse confortável", comenta. Na sua avaliação, este comportamento só gera mais dificuldades na vida das pessoas porque no fundo "elas têm consciência do seu estado do ser". Infelizmente ele não se manifesta com alegria de viver e de trabalhar, muito menos em se relacionar com os outros. "Mau humor, irritabilidade, violência com o outro, isolamento e mal estar são sintomas corriqueiros que as pessoas não sabem identificar como sendo o resultado da sua inércia e existencial", assinala.
...Esta inércia, na sua opinião, é a falta de conscientização das pessoas de que elas são agentes, atores e únicos responsáveis pelas suas próprias vidas e que somente com suas próprias forças farão mudanças no meio onde vivem. "Não é preciso mudar os outros e o mundo inteiro para que nos sentir bem com nós mesmos", justifica ." É preciso ter vontade de conhecer-se a si mesmo. Aceitar os papéis que temos que viver no meio social e sobretudo saber fazer escolhas que satisfaçam nossa maneira de ser e de sentir o mundo em que vivemos", observa. Lavínia Coelho comenta ainda que as relações interpessoais são hoje os maiores focos de conflitos e de insatisfação com quem convive com o universo do trabalho. "O que as pessoas ainda não consideram é que podem mudar, melhorar e até acrescentar novos padrões nos seus relacionamentos no trabalho". A auto-estima, ora em discussão nas empresas, para ela, pode ser algo extremamente positivo para modificar atitudes negativistas e gerar um ambiente mais saudável para todos.
Serviço: Com Ciência e Desenvolvimento Pessoal (011) 872-6652; Instituto Gente (011) 261-6713; Ediouro Publicações (021) 260-6122; Lavínia Coelho (011) 288-5411
Organizações
Ontem
Hoje
Obsolescência
Adaptativa. Maior tempo de duração e sobrevivência dos produtos, modelos, estilos, mercados, idéias, informações, experiências.
Criativa. Menor tempo de duração dos produtos, modelos, estilos, mercados, idéias, informações e experiências.
Experiência
Valorização.
Almoxarifado de sucesso.
Confrontação, reavaliação.
Conceito de administração
Obter resultados por meio das pessoas.
Promover o crescimento das pessoas por meio de seu trabalho, atingindo os objetivos da empresa e a satisfação de suas próprias necessidades.
Comportamento ante o mercado
Reativa (clientes, fornecedores, usuário, meio ambiente).
Pró-ativa. Valorização do externo (qualidade/ parceria).
Lealdade
"Vestir a camisa" da empresa.
Aumento da necessidade de auto-estima e de melhoria da qualidade de vida.
Estilo
Paternalismo sólido: segurança em troca de lealdade.
Rompimento do elo de autoridade. Negociação e participação.
Parceria
Desprezo
Qualificação e valorização
Qualidade
O trabalho como fonte geradora de estresse
Maior atenção e encaminhamento
Batalhas
Ganhar/perder
Outras allternativas: Ganhar/ganhar
Reconhecimento
Fotos, informações, objetividade.
Criatividade/intuição Aspectos emocionais
Tecnologia
Muita ênfase nas tecnologias do ter.
Qualificação do potencial e desenvolvimento do ser.
Imagem exterior
A empresa é vista como símbolo do progresso e com plena aceitação pela sociedade.
A sociedade cobra novas atitudes, movimentos ecológicos, etc.
Fonte: Livro Alquimia do Encontro de Waldemar Helena Júnior - Editora Gente

Ferramentas para crescer
...Investir no seu próprio aprendizado, conhecer mais técnicas como PNL (Programação Neuro-Linguística), trabalho em equipe, meditação transcendental, fazer psicoterapia, yoga, relaxamaneto, biodança,bioenergética,praticar esportes,apreciar músicas, cinema, teatro, fazer trabalhos manuais, especialmente ligados à terra, como jardinagem , curtir animais e crianças, são alguns dos conselhos práticos da consultora Benê Catanante, da Com Ciência e Desenvolvimento Pessoal para quem deseja cuidar do seu próprio desenvolvimento pessoal.
...Para Roberto Shinyashiki, diretor do Instituto Gente alguns pontos precisam estar sendo sempre trabalhados para quem deseja ser um vencedor. Entre estes pontos estão, velocidade,polivalência, visão e auto-realização.Na velocidade, o autor do livro "A Revolução dos Campões ", indica a capacidade da pessoa de responder rapidamente aos desafios da vida moderna. "Até a paquera hoje está mais rápida.Tudo acontece numa única noite.Temos que ficar atentos na rapidez dos fatos ", exemplifica.Na polivalência assinala o fim dos especialistas e do início da era dos multi-especialistas."Pessoas que se envolvem em tudo e conhecem um pouco de tudo", comenta. Na visão , o consultor diz da importância de ter um pé no futuro, mas ficar consciente do que está acontecendo no hoje e se está havendo uma construção positiva do amanhã.Já em auto-realização, o consultor indica a importância de construir-se diaramente este objetivo. "Quanto tempo as pessoas perdem vendo novela quando poderiam estar produzindo e absorvendo algo de concreto para sua aprendizagem e crescimento pessoal?, questiona.
...O resgate do ser humano hoje nas empresas é um debate muito importante segundo Gustavo Boog, consultor organizacional e sócio da Boog & Associados. Uma das ferramentas que ele vem desenvolvendo há muitos anos é a da utilização dos florais. Ele diz que os florais reduzem a hostilidade das pessoas com o mundo exterior e melhoram a percepção dos indivíduos consigo mesmos e com os outros."Não é nenhuma gotinha mágica ou coisa de bruxaria como se pensava antigamente", comenta , lembrando que estará lançando em breve o livro" Energize sua empresa .Como os florais podem dinamizar seu ambiente de negócios ", que será uma versão atualizada do seu livro anterior "O Poder dos Florais no Trabalho ". Para o consultor, o floral pode ser usado individualmente ou coletivamente e que este ajuda no equilíbrio emocional das pessoas, facilitando a tomada de decisão, melhorando o convívio com o grupo e reduzindo ansiedades individuais que atrapalham no ambiente de trabalho.
Serviço: Com Ciência Comunicação e Desenvolvimento Pessoal (11) 3032-6826; Boog & Associados (11) 5535-3994; Instituto Gente (11) 3675-2505

Veja aqui a lista de alguns livros que podem colaborar para o seu desenvolvimento pessoal
  • O Ser Quântico - Danah Zohar - Editora Best-Seller
  • Introdução à vida - John-Roger e Peter McWilliams - Editora Record
  • O Caminho da Habilidade: Desperte! - A Excelência da Realização no Trabalho - Tarthany Talku - Editora Dharma
  • Pertencendo ao Universo - Explorações nas Fronteiras da Ciência e da Espiritualidade - Fritjof Capra e David Steindl-Rast - Editora Cultrix
  • O Presente Precioso - Dr. Spencer Johnson - Editora Record
  • Alquimia do Encontro - Waldemar Helena Junior - Editora Gente
  • Na era da Intuição - Miguel Franco - Editora Intuitiva
  • Coração no Trabalho - Jack Canfield e Jacqueline Miller - Editora Ediouro
  • Até as Águias Precisam de um Empurrão - David McNally - Editora Pro Net
  • A Revolucão dos Campeões - Roberto Shinyashiki - Editora Gente
  • Sobrevivendo ao Caos - Susan M. Campbell - Editora Futura
  • O Poder dos Florais no Trabalho - Gustavo Boog - Editora Makron-Books
Aprendendo a voar
...Como entender o gesto desesperado de uma mãe que empurra seus próprios filhos no precipício abaixo só para que estes experimentem o doce sabor da sobrevivência? Esta é uma questão aparentemente resolvida entre as famílias das águias. Afinal, diz o pensamento de uma mãe águia interpretada pelo consultor David McNally, até que seus filhotes descobrissem suas asas, não havia propósito para suas vidas. Até que aprendessem a voar, não iriam compreender o privilégio de ter nascido uma águia. Neste caso, o empurrão para o precipício passa a ser um ato extremo de amor e de sobrevivência da espécie.
...Quando transportamos a experiência das águias para os seres humanos percebemos que determinados "empurrões" podem significar também a sobrevivência da espécie, especialmente em se tratando de realização pessoal e profissional. "Eagles Vision - Atingindo novas alturas em realização pessoal " é um workshop desenvolvido nos Estados Unidos e que está sendo implementado no Brasil pela Coaching Psicologia Estratégica, de São Paulo. Segundo o próprio criador do método, David McNally, "embora a fórmula para aprender a voar alto seja relativamente simples, sua aplicação é bastante difícil" e isto vale tanto para as águias, como para os seres humanos, segundo Miguel Vizioli, psicólogo e consultor organizacional e sócio da Coaching.
...Segundo ele, o objetivo desse workshop é o de estabelecer com os seus participantes a necessidade de maximizar esforços para a busca da excelência pessoal e profissional.Isso é possível graças a um entrosamento do grupo que transforma a sala do seminário, "em seu próprio local de trabalho e de reflexão sobre sua vida pessoal e profissional". Eliana Saad, psicóloga e também facilitadora no workshop, diz que o mundo em constantes mudanças trouxe um crescimento na sensação de falta de controle, stress, desconforto e insatisfação nas pessoas, tornando necessário retrabalhar valores e emoções de cada um para que se "aprenda a construir uma nova base de vivência na empresa e na vida pessoal", com maior conforto e realização individual e do grupo onde atuamos. "Pode haver desconforto até mesmo em situações de confiança", comenta Vizioli.

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Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?rh=O-Redescobrir-Das-Pessoas&idc_cad=adz8zr9wd

Como Elaborar um Currículo Eficaz

Que Informações São Importantes Para a Elaboração de Um Currículo? Qual é a Ordem Correta das Informações? Quantas Páginas Deve Ter Um Currículo?

Embora muitos artigos já tenham sido publicados sobre esse assunto tão importante, muitos ainda pecam na hora de elaborar seu próprio Currículo desenvolvendo-o de forma confusa e extensa. Dependendo do nível da experiência do candidato a escolha de um Currículo específico é uma verdadeira loteria para os selecionadores, uma vez que existem muitos profissionais disponíveis no mercado com as mesmas características, qualificações e experiências.
Sendo assim, pode-se afirmar que o Currículo é o primeiro passo rumo a um novo emprego e, por isso mesmo, é necessário que o candidato tenha em mente que essa é uma poderosa ferramenta de Marketing Pessoal a qual fará ou não com que ele seja selecionado para uma entrevista de emprego, numa determinada organização.
Dessa forma, o Currículo deve retratar em poucas palavras toda a vida profissional do candidato, seu histórico e suas qualificações com objetividade e clareza. O candidato deve ter muita atenção ao redigir esse documento, procurando sintetizar ao máximo suas informações que sejam importantes para a vaga em foco. Um Currículo deve possuir um diferencial em relação aos demais e, sem exageros, ele deve mostrar alguns aspectos extremamente importantes para a boa avaliação de um candidato. Diante disso, surgem algumas perguntas como:
• Que Informações São Relevantes Para a Elaboração do Conteúdo? Quantas Páginas Deve Ter um Currículo? Deve-se Colocar Uma Fotografia? Qual é a Ordem Correta das Informações?
Primeiramente devemos definir que informações são relevantes para conter num Currículo e a sua ordem de apresentação. Portanto, em primeiro lugar devem entrar os dados pessoais do candidato, seguido por objetivos profissionais, formação acadêmica, principais qualificações e histórico profissional. Essas são informações cruciais para um bom Currículo:
• Dados Pessoais: Deve contemplar as informações sobre a vida pessoal do candidato como nome, endereço, telefones para contato, e-mail’s, data de nascimento e estado civil. É importante destacar que telefones para recados devem ser avisados às pessoas que os receberão e, quanto aos e-mails’s, devem ser fáceis de assimilar e evitar-se nomes provocativos que não demonstrem seriedade ou profissionalismo. Não se colocam números de documentos nos Currículos, pois esses dados não acrescentam nada nesse momento.
• Objetivo Profissional: Deve vir inserido logo abaixo dos Dados Pessoais, servindo para os selecionadores se orientarem na escolha da vaga e, por isso mesmo, o candidato deverá focar na sua área de interesse e cuidar para que seu objetivo não seja muito genérico.
• Formação Acadêmica: Neste tópico deve ser inserido o grau de escolaridade do candidato, o ano de conclusão e o nome da instituição de ensino. Se ele já possui nível superior, detalhes sobre o 2° Grau são dispensáveis – exceto em situações que o 2° Grau seja Técnico e relevante para a vaga em questão.
• Principais Qualificações: Trata-se do ponto principal de um Currículo, pois nesse tópico o candidato poderá demonstrar seu conhecimento e qualificação necessários para a vaga pretendida. Portanto, em primeiro lugar o candidato deverá pensar nos conhecimento que possui e, mesmo para aqueles que ainda não possuem experiência profissional, devem fazer uma lista delas. O candidato deve refletir sobre todas as atividades que possam interessar a um selecionador como “Conhecimentos em Rotinas Administrativas”, “Facilidade em Liderar Pessoas”, “Experiências na Área Comercial”, “Facilidade em Falar em Público”, “Sólidos Conhecimentos em RH e Financeiro” e “Bom Relacionamento Interpessoal”. Ou seja, conhecimentos e experiências adquiridas ao longo da carreira profissional ou estudantil.
• Histórico Profissional: Nessa parte devem-se relacionar as experiências em empresas anteriores e atuais e, o ideal, é apresentá-las em ordem cronológica e inversa. Ou seja, da atual para a mais antiga. Caso o candidato tenha atuado em muitas empresas durante certo período de tempo, ele deve inserir apenas as mais importantes e que tenham relação com a vaga pretendida, considerando-se o nome da empresa, os cargos ocupados e as atividades desenvolvidas. Ao descrevê-las, o candidato deve procurar identificar informações que não foram abordadas no tópico anterior (“Principais Qualificações”) como projetos desenvolvidos, metas alcançadas ou algo que identifique seu potencial criativo, produtivo e de eficiência na atividade em questão.

Esses são os pontos essenciais para a elaboração de um Currículo eficaz. Os demais tópicos como “Cursos Complementares” e “Informações Adicionais” são opcionais, podendo ser inseridos onde situações onde o candidato não apresente um histórico profissional extenso ou quando realizou algum curso que fará diferença no processo seletivo.

OBSERVAÇÃO: Caso o candidato tenha pouca – ou nenhuma – experiência profissional, as “Atividades Extracurriculares” são válidas como: _ “Atuei em Peças de Teatro Com Grupo Amador” ou “Participei de Campeonatos de Xadrez, Natação e Futebol na Escola”.

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, consultor e palestrante. Articulista do Jornal do Commercio (RJ) e co-autor do livro: "Trabalho e Vida Pessoal - 50 Contos Selecionados" (Ed. Qualytimark, Rio de Janeiro, 2001).
www.profigestao.blogspot.com
http://br.linkedin.com/pub/julio-cesar-s-santos/25/544/1b8

Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?rh=Como-Elaborar-um-Curriculo-Eficaz&idc_cad=fe0g3j8h4

Principais teóricos dos primórdios da psicologia







Fonte: http://www.psicologacarla.com/p/principais-autores.html

quinta-feira, 19 de março de 2015

Teoria da Personalidade


Podemos afirmar que os seres humanos são essencialmente iguais e funcionalmente diferentes... 


As teorias, discussões e controvérsias sobre a Personalidade foram temas sempre presentes em toda história da filosofia, psicologia, sociologia, antropologia e medicina geral. Entre tantas tendências destaca-se um tronco ideológico segundo o qual os seres humanos foram criados iguais quanto sua capacidade potencial. Neste caso, a ocorrência das diferenças individuais seria interpretada como uma decisiva influência ambiental sobre o desenvolvimento da Personalidade.
De acordo com tal enfoque, havendo no mundo uma hipotética igualdade de oportunidades, seríamos todos iguais quanto as nossas realizações, já que, potencialmente seríamos iguais. Assim pensando, se a todos fossem dadas oportunidades iguais, como por exemplo, oportunidade musical ou artística, seria impossível destacar-se um Chopin, Mozart, Monet, Rembrandt, porque a potencialidade de todos seus colegas de classe seria a mesma. A única diferença entre Einstein e os demais teria sido uma simples questão de oportunidade e circunstâncias ambientais. Neste caso a Personalidade, a inteligência, a vocação e a própria doença mental seriam questões exclusivamente ambientais. 
A idéia de buscar fora da pessoa os elementos que explicassem seu comportamento a sua desenvoltura vivencial teve ênfase com as teorias de Rousseau, segundo o qual era a sociedade quem corrompia o homem. Subestimou-se a possibilidade da sociedade refletir, exatamente, a totalidade das tendências humanas. Seres humanos que trazem em si um potencial corruptor o qual, agindo sobre outros indivíduos sujeito à corrupção, produzem um efeito corruptível. Ou seja, trata-se de um demérito tipicamente humano. 
Outra concepção acerca da Personalidade foi baseada na constituição biotipológica, segundo a qual a genética não estaria limitada exclusivamente à cor dos olhos, dos cabelos, da pele, à estatura, aos distúrbios metabólicos e, às vezes, às malformações físicas, mas também, determinaria às peculiares maneiras do indivíduo relacionar-se com o mundo: seu temperamento, seus traços afetivos, etc. 
As considerações extremadas neste sentido descartam qualquer possibilidade de influência do meio sobre o desenvolvimento e desempenho da Personalidade e atribui aos arranjos sinápticos e genéticos a explicação de todas as características da Personalidade.
Buscando um meio termo, como apelo ao bom senso, pode-se considerar a totalidade do ser humano como sendo um balanço entre duas porções que se conjugam de forma a produzir a pessoa tal como é: 
1- uma natureza biológica, tendo por base nossa natural submissão ao reino animal e às leis da biologia, da genética e dos instintos. Assim sendo, os genes herdados se apresentam como possibilidades variáveis de desenvolvimento em contacto com o meio (e não como certeza inexorável de desenvolvimento);
2- uma natureza existencial, suprabiológica conferindo à Personalidade elementos que transcendem o animal que repousa em nós. A pessoa, ser único e individual, distinto de todos outros indivíduos de sua espécie, traduz a essência de uma peculiar combinação bio-psico-social.
Desta forma, a definição de Personalidade poderia ser esboçada da seguinte maneira: 
"PERSONALIDADE É A ORGANIZAÇÃO DINÂMICA DOS TRAÇOS NO INTERIOR DO EU, FORMADOS A PARTIR DOS GENES PARTICULARES QUE HERDAMOS, DAS EXISTÊNCIAS SINGULARES QUE EXPERIMENTAMOS E DAS PERCEPÇÕES INDIVIDUAIS QUE TEMOS DO MUNDO, CAPAZES DE TORNAR CADA INDIVÍDUO ÚNICO EM SUA MANEIRA DE SER, DE SENTIR E DE DESEMPENHAR O SEU PAPEL SOCIAL".
Dessa forma, o ser humano não pode ser considerado como um produto exclusivo de seu meio, tal como um aglomerado dos reflexos condicionados pela cultura que o rodeia e despido de qualquer elã mais nobre de sentimentos e vontade própria. Não pode, tampouco, ser considerado um punhado de genes, resultando numa máquina programada a agir desta ou daquela maneira, conforme teriam agido exatamente os seus ascendentes biológicos. 
Se assim fosse, o ser humano passaria pela vida incólume aos diversos efeitos e conseqüências de suas vivências pessoais. Sensatamente, o ser humano não deve ser considerado nem exclusivamente ambiente, nem exclusivamente herança, antes disso, uma combinação destes dois elementos em proporções completamente insuspeitadas. 
Todas as vezes que colocamos lado a lado duas pessoas estabelecendo comparações entre elas, qualquer que seja o aspecto a ser medido e comparado, verificamos sempre a existência de diferenças entre ambas. Constatamos assim, as diferenças entre os indivíduos, as peculiaridades que os tornam únicos e inimitáveis
Por outro lado, podemos verificar também e paradoxalmente, outras características comuns a todos os seres humanos, tal como uma espécie de marca registrada de nossa espécie. Desta feita, há elementos comuns e capazes de nos identificar todos como pertencentes a uma mesma espécie, portanto, característicos da natureza humana e, a par destes elementos humanos próprios, outros atributos capazes de diferenciar um ser humano de todos os demais.
Para demonstrar didaticamente este duplo aspecto da constituição humana imaginemos, por exemplo, um enorme canteiro de rosas amarelas. Embora todos os indivíduos do canteiro tenham características comuns e suficiente para ser considerados e identificados como rosas amarelas, será praticamente impossível encontrar, entre eles, dois exemplares exatamente iguais. Portanto, apesar de todos esses indivíduos possuíremtraços individuais, tais como, perfume, pétalas e espinhos, cada um deles tem suascaracterísticas individuais, mais perfume, pétalas de tonalidade diferente e espinhos mais realçados... 
No ser humano normal também pode se encontrar características universais, como por exemplo, a angústia, a ambição, o amor, o ódio, o ciúme, etc. Entretanto, em cada um de nós estes traços combinar-se-ão de maneira completamente singular. 
Podemos afirmar que os seres humanos são essencialmente iguais e funcionalmente diferentes, ou seja, podemos nos considerar iguais uns aos outros quanto à nossa essência humana (ontologicamente), entretanto, funcionamos diferentemente uns dos outros. Todas as tendências ideológicas que enfatizam a igualdade dos seres humanos, num total descaso para com as diferenças funcionais, ecoam aos ouvidos despreparados com eloqüente beleza retórica, romântica, ética e moral, porém, falsas. 
As teorias sobre igualdade plena entre seres humanos, sem que se reconheçam as diferenças funcionais sucumbem diante de incontáveis evidências em contrário: não resistem à constatação das flagrantes e involuntárias diferenças entre os indivíduos, bem como não explicam a indomável característica humana que é a perene vocação das pessoas em querer destacarem-se dos demais.

Semelhanças EssenciaisA data do aparecimento do ser humano na face da Terra vai recuando no tempo na medida em que avançam os métodos das descobertas da arqueologia. A idéia de que ohomem de Neanderthal tenha sido um ancestral do Homo sapiens tem sido cada vez mais contestada por antropólogos e palenteólogos, cogitando-se a tese de que há mais de cinco milhões de anos existiam homens capazes de fabricar utensílios e cultuar seus mortos. Contudo, apesar do ser humano ter conseguido modificar suas possibilidades de ação e seus modos de existência em poucos e recentes séculos de sua história, muitas atitudes e sentimentos do homem pré-histórico continuam presentes no ser humano moderno. 
É incontestável, sem dúvida, o grande salto dado por nosso desempenho mental, ainda que, desacompanhado de mudanças substanciais em nossa biologia. Fomos capazes de saltar da pedra lascada ao micro-circuito integrado, do fogo à fusão nuclear e, sabe-se lá, até onde chegaremos mais. Apesar disso, muita coisa ficou indelevelmente impressa na maneira de ser do indivíduo moderno que remonta aos nossos irmãos das cavernas. 
A atividade mental do ser humano contemporâneo é totalmente diferente daquela de nossos ancestrais, principalmente no que diz respeito à aquisição do conhecimento. Trata-se, conforme expõe Herreira com clareza, de uma espécie de destino biológico da espécie em sua jornada dirigida ao conhecimento, a qual se promove através da utilização progressiva dos ilimitados recursos do sistema nervoso humano.
Entretanto, voltando à questão das coisas que temos em comum com nossos irmãos trogloditas. Se há cinqüenta mil anos o homem ia à luta com sua clava, hoje ele se empenha no combate com sua arma automática. A motivação ou o sentimento (e muitas vezes o objetivo) desta desavença com o próximo são os mesmos, tanto na pré-história quanto hoje. Se em nossa pré-história nossos irmãos cultuavam seus mortos, julgando que se transformavam em deuses, hoje consola-nos a idéia de que eles vão a Deus depois de mortos.
De acordo com Jung, nenhum biólogo pensaria em admitir que todo indivíduo adquira de novo seu modo geral de comportamento com o nascimento. Bem mais provável é que o jovem pardal teça seu ninho característico porque é um pássaro e não um coelho. Assim também, é mais provável que o homem nasça com sua maneira de comportar-se especificamente humana e não com a do hipopótamo. 
Há então, elementos de notável semelhança na essência do ser humano, expressões e modos característicos da espécie. Podemos encontrar formas psíquicas no indivíduo que ocorrem não somente em seus ascendentes mais próximos, mas em outras épocas distantes de nós milhares de anos e às quais estamos ligados apenas pela arqueologia. Jung coloca estas Semelhanças Essenciais do ser humano como sendo certas formas típicas de comportamento característico, os quais, ao se tornarem conscientes, assumem o aspecto de representações do mundo.
Poderíamos ilustrar um pouco mais esta questão das Semelhanças Essenciaislembrando os Instintos. Estes aparecem como formas típicas de comportamento da espécie, podendo, estar ou não associadas a um motivo consciente. Freud chama atenção para estas características universais da pessoa: os Instintos Básicos. Enfatiza notadamente o instinto para a preservação da vida, tanto da vida individual, sob a forma de afastamento da dor (ou busca do prazer), quanto da vida da espécie, através da sexualidade. Ele cita ainda o instinto da morte, o qual, apesar de contestado por muitos autores, quando voltado para o exterior conduz à agressão. Pela teoria dos instintos, serão inúteis as tentativas do ser humano em livrar-se totalmente das inclinações agressivas, já que indispensáveis para a execução dos instintos.
Didaticamente poderíamos considerar os Arquétipos e os Instintos como duas faces de uma mesma moeda; enquanto os Instintos trazem em seu bojo uma conotação biológica e que nos remete às sombras de nosso passado mais animalesco, os Arquétiposdistinguem o ser humano num patamar mais elevado e diferenciado, ou seja, mais espiritualizado.
Na filosofia, a busca de uma característica humana marcante foi vislumbrada por Schopenhauer como sendo a Vontade. O fato de sentir e querer é a atitude mais básica que o ser humano conhece, portanto, comum a todos nós. Desta forma, o intelecto se coloca a serviço desta forma irracional, ou supra-racional, chamada Vontade. Posteriormente Nietzsche acrescentou à Vontade de Shopenhauer o Poder: motivação básica e universal entre os homens. 
vontade do Poder serviu de orientação aos estudos de Alfred Adler para a compreensão psicodinâmica deste impulso natural, retirando do termo qualquer conotação pejorativa. Para Adler, o Poder atendia as mesmas exigências dos instintos básicos de Freud e a motivação da atitude humana estava firmemente atrelada à sua vontade do poder: poder sobre os demais semelhantes.
Adler compara fenomenologicamente o poder aspirado pelo bandido que deseja ser o mais pérfido entre seus pares, com a aspiração de poder do indivíduo caridoso, manifestando sua pulsão de supremacia caridosa entre seus companheiros de altruísmo. Evidentemente não cabe aqui uma preocupação valorativa ou ética, mas apenas a constatação do fenômeno.
De qualquer forma, seja a necessidade íntima de um deus que conforta, seja nossa perene tendência em preservar a vida ou garantir a espécie, seja nossa constante busca do prazer, seja uma vontade que motiva ou um poder que estimula, podemos pensar sempre num elemento da Personalidade humana que tenha se perpetuado ao longo de nossa história. Trata-se de determinadas posturas existenciais diante da vida que acompanham nossa espécie através de infindáveis gerações. São elas, verdadeirasTendências Naturais do ser humano.
Embora a essência destas Tendências Naturais pareça emancipada da situação temporal e ambiental atuais pelo fato de terem existido, de existirem e de continuarem existindo em qualquer momento de nossa história, suas manifestações comportamentais e emocionais deverão, em nome da normalidade psíquica, estar sempre vinculadas e adequadas ao modelo sócio-cultural e às possibilidades de ação de cada um. 
Portanto, não será a Tendência Natural pura e primitiva quem se manifestará na maneira de ser da pessoa, mas sim, estas mesmas tendências domesticadas e aculturadas. Uma conduta instintiva pura é praticamente impossível manifestar-se em condições psíquicas normais. Tais impulsos primitivos se diluem pelas pressões das circunstâncias e pelas peculiaridades afetivas de cada um e, se mascaram de tal forma, que acabam ficando dissimuladas pelo caráter do indivíduo.
Durante toda sua existência o indivíduo é compelido a atender estas Tendências Naturais, basicamente as mesmas em todos nós. As maneiras pelas quais tais tendências serão atendidas mostrarão as diferenças entre as pessoas, entre as gerações e entre os povos. O instinto do Poder, por exemplo, pode se manifestar de diversas maneiras nas diferentes pessoas; prazer em ter poder, em sentir-se superior aos demais nos mais variados aspectos existenciais. Um monge poderia manifestar esta tendência buscando o prazer em sentir-se o mais humilde entre seus pares, superior a todos os demais em termos de humildade e abnegação. Sentiria uma satisfação suprema, perante Deus, ao saber-se o mais humilde entre os mortais. O intelectual conquistaria seu prazer percebendo-se o mais erudito em sua área, o poder do saber. O amante, através do poder de cativar, ou o poder material do rico, a autoridade do político, a coragem do soldado, o qual teme mais a opinião de seus camaradas que a arma do inimigo, e assim por diante.
Enfim, a busca do prazer deve atender certos anseios pessoais em concordância com determinadas circunstâncias sócio-culturais, mas, de qualquer modo, o fenômeno da busca do prazer com suas mais variadas apresentações é observado universalmente entre os homens.
Para a manutenção de uma situação de equilíbrio entre o indivíduo e seu meio ou entre ele e si próprio é necessário um relacionamento harmônico entre o peso de suas tendências, as possibilidades de seu espírito e as exigências de seu ambiente. Há um ditado que diz: quando a miséria entra pela porta da frente a virtude sai pela janela. Isso ilustra bem que o que poder acontecer quando o ambiente passa a significar uma ameaça à sobrevivência ou passa a favorecer uma perspectiva de dor e sofrimento.
As situações de emergência são capazes de determinar atitudes primitivas, as quais convocam o indivíduo a desempenhar uma postura vivencial em direção à sobrevivência, emancipada de considerações mais éticas. Há, pois, uma tendência ao aparecimento dos ditos comportamentos primordiais sempre que houver uma flagrante ameaça aos instintos básicos do indivíduo, como se procedesse a uma regressão ao estado biológico natural (predominantemente instintivo) ou uma espécie de desempenho vivencial comandado por um nível mais inferior de psiquismo e onde as considerações mais sublimes, do tipo moral e ético, ficassem proteladas em benefício de considerações mais pragmáticas.
Outro provérbio que ajuda uma análise mais didática é aquele que se diz: pau que nasce torto, não tem jeito: morre torto. Isso diz respeito ao componente constitucional da pessoa. Neste caso, havendo um peso exagerado das tendências naturais, ou seja, não se conseguindo domesticar bem tais tendências, mesmo em situações onde não haja uma exigência importante, o indivíduo passa a conduzir-se pelos ditames de seus impulsos naturais e por suas paixões mais primitivas. Nosso espírito, ou nossos sentimentos mais sublimes, ou aquele nosso algo mais humano é quem exerce a atividade harmonizadora no relacionamento dito civilizado do homem com o ambiente em que vive.
Os instintos aparecem sempre idênticos entre os indivíduos de uma mesma espécie, porém, apenas enquanto funcionam instintivamente. As tendências naturaiscompreendem instintos em sua essência, mas o aparelho psíquico do ser humano tem por função a transformação da imagem instintiva original, de acordo com as imposições de sua cultura e de suas emoções. Desta forma, cada manifestação instintiva é peculiar a cada indivíduo, por causa da peculiaridade de seu padrão emocional, e será dissimulada pelas características de Personalidade de cada um. Mas nem por isso pode-se anular o instinto básico original, ele é apenas transformado e adequado ao indivíduo e às exigências do sistema sócio-cultural.
Diferenças FuncionaisAo lado das Tendências Naturais, capazes de identificar todos nós como pertencentes à mesma espécie, vamos encontrar as peculiaridades próprias e particulares com as quais cada um se apresentará e se relacionará com o mundo. Allport ilustra estas diferenças funcionais de cada um através de suas considerações sobre os Traços Pessoais; verdadeiros arranjos pessoais e constitucionais determinados por fatores genéticos, os quais, interagindo com o meio em maior ou menor intensidade, resultariam numa característica psíquica capaz de particularizar um indivíduo entre todos os demais de sua espécie.
Entendem-se os traços herdados como possibilidades de vir a ser e não como uma certeza de que será. Há uma quantidade enorme, ainda pouco delimitada pela genética, de traços possíveis de transmissão hereditária, porém, apenas parte desses traços se manifestará no indivíduo. Esta maneira singular da pessoa interagir com seu mundo, decorrente de seus traços pessoais, pode ser chamada de Disposição Pessoal.
Assim, conhece-se por Disposição Pessoal, a tradução no indivíduo da combinação particular de traços que se manifestam em sua Personalidade, combinação esta só possível nele próprio. Desta feita, a Disposição Pessoal de um indivíduo confunde-se com sua própria Personalidade, sua maneira particular de lidar com a vida, com o mundo e com suas próprias emoções.
É possível, como mostraram inúmeros autores, agrupar indivíduos de acordo com determinadas características psíquicas mais ou menos comuns aos diversos grupos. Temos assim classificações que reconhecem os introvertidos, extrovertidos, sensitivos, pensativos, intuitivos, sentimentais ou, de outra forma, os explosivos, melancólicos, obsessivos, e assim por diante. 
Trata-se do reconhecimento de traços predominantes na Personalidade ou na maneira de ser, de tal forma que permitem uma classificação. Isso não quer dizer, de forma alguma, que a Personalidade total dos indivíduos classificados desta ou daquela maneira seja idêntica em todos do mesmo grupo: entre todos introvertidos, cada qual dispõe de uma Personalidade peculiar e apenas manifestam em comum uma tonalidade afetiva depressiva com sua conseqüente apresentação social introvertida.
Para abordar o problema das diferenças funcionais dos indivíduos, mais precisamente dasPersonalidades peculiares de cada um, podemos considerar três critérios de observação:
1- os Traços como Personalidade
2- o "eu" como Personalidade e;
3- os Papéis Sociais como Personalidade.
Os Traços Como Personalidade
Nenhum ser humano mostrará Traços que já não existam em todos outros indivíduos, como uma espécie de patrimônio do ser humano, ou seja, à todos indivíduos de uma mesma espécie são atribuídos os traços característicos dessa espécie. Vimos isso no item anterior sobre as Semelhanças Essenciais. Entretanto, a combinação individual desses Traços em proporções variadas numa determinada pessoa caracterizará suaPersonalidade ou sua maneira de ser (Diferenças Funcionais).
O senso comum de um sistema sócio-cultural costuma elaborar uma relação muito extensa de adjetivos utilizados para a argüição dos indivíduos deste sistema: sincero, honesto, compreensivo, inteligente, cálido, amigável, ambiciosos, pontual, tolerante, irritável, responsável, calmo, artístico, científico, ordeiro, religiosos, falador, excitado, moderado, calado, corajosos, cauteloso, impulsivo, oportunista, radical, pessimista, e por aí afora. Podemos considerar Traço Predominante da pessoa em apreço a característica que melhor à define, como se, entre tantos traços tipicamente e caracteristicamente humanos, este traço específico predominasse sobre os demais. 
Pois bem. É exatamente a predominância de alguns traços e a atenuação de outros que acaba por constituir a Personalidade de cada um. Enfim, é como se o artista conseguisse extrair uma cor única e muito pessoal misturando uma série de cores básicas encontradas em todas as lojas de tintas. Como os traços básicos do ser humano são infinitamente mais numerosos que as cores básicas do exemplo, as combinações entre esses traços será infinita, fazendo desse fato a infinita diversidade de Personalidades
A combinação dos Traços resultará uma unidade funcional humana completamente distinta de todas as demais. É difícil pensar nestes Traços de outra forma, senão como certa inclinação inata submetida à influência agravante ou atenuante do meio, inclinação esta, responsável pela maneira como a pessoa se apresentará ao mundo ou ao convívio gregário.

O "EU" Como PersonalidadeO "eu" é o ser total, essencial e particular de uma pessoa. Freqüentemente usado como sinônimo de Personalidade, diz respeito à consciência que o indivíduo tem do mundo e de si próprio. A compreensão da pessoa através do seu "eu" como Personalidade propõe a distinção entre aquilo que o indivíduo faz daquilo que ele pensa. 
Na abordagem do "eu" importa o elemento dinâmico da Personalidade, portanto, serão de inestimável valor as considerações sobre as Representações Internas que o indivíduo tem acerca da Realidade Externa. Importa aqui as relações entre o sujeito e o objeto ou entre a pessoa e o mundo. Enquanto a observação dos Traços é uma tarefa mais objetiva e prática, as considerações sobre o "eu" são avaliações mais subjetivas. As características da Personalidade assim avaliada dizem respeito não apenas ao modo como a pessoa se apresenta no mundo, conforme vimos em relação aos Traços, mas à maneira como a pessoa sente o mundo e se relaciona com ele.
Muitos autores discorrem sobre esta forma de avaliação da Personalidade. Entre eles, Jung vê dois tipos de Disposição Pessoal pelas quais os indivíduos se caracterizarão no contacto com a realidade ou com o mundo objetivo:
1- a maneira introvertida e; 
2- a maneira extrovertida (7).
 Além destas duas disposições básicas, reconhece ainda quatro funções associadas à elas: função pensamento, sentimento, sensação e intuição. Desta forma, o indivíduo pode ser considerado do tipo introvertido pensativo, ou sensitivo extrovertido e assim por diante. Pela tipologia psicológica de Jung são possíveis oito tipo psicológicos puros mas, normalmente, cada pessoa dispõe de duas funções predominantes, como por exemplo, o tipo extrovertido intuitivo-sentimental. Em sua obra Tipos Psicológicos este assunto é abordado detalhadamente e apresentado de maneira mais fácil do possa parecer nesse exemplo sumário.
Outros autores consideram a Personalidade baseada no "eu" de maneira diferente. Entendem os indivíduos que contactam a realidade de maneira introvertida através de uma descrição mais diversificada e atribuindo-lhes outros predicados: tristes, inseguros, melancólicos, de tonalidade afetiva depressiva, e assim por diante. Na realidade, depois de compreender os conceitos da psicopatologia e psiquiatria de forma globalizada, veremos que as diferentes abordagem são mais semânticas que ideológicas.

O Papel Social Como PersonalidadeEste tipo de consideração sobre a Personalidade ressalta o papel constituído pelos sentimentos, atitudes e comportamentos que a sociedade espera do ocupante de uma posição em algum lugar da estrutura social. As pessoas tendem adaptar-se ao papel a elas designado. As pessoas que encontram um padre pela frente têm expectativas comuns sobre como ele dever se comportar, da mesma forma que o doente tem expectativas diante de seu médico, este de seus clientes e assim por diante.
Todos desempenham muitos papeis sociais, cada um a seu tempo. Papel de criança pré-escolar, de criança escolar, de universitário, de enamorado, de profissional, de traído, de cúmplice, etc. Há papeis de pai, de filho, de chefe, de subalterno, enfim, estamos sempre a desempenhar algum papel social. Jung chama de Persona esta nossa apresentação social.
A palavra Persona, de origem grega, significa máscara, ou seja, caracteriza a maneira pela qual o indivíduo vai se apresentar no palco da vida em sociedade. Portanto, diante do palco existencial cada um de nós ostenta sua Persona, mas há, porém, uma respeitável distância entre o papel do indivíduo e aquilo que ele realmente é, ou entre aquilo que ele pensa ou pensam que é e aquilo que ele é de fato.
Na realidade, considerar a Personalidade através do papel social pode não refletir a verdade dos fatos. Mais apropriado seria argüirmos, pelos papeis sociais, a Persona de cada um. A abordagem mais adequada seria através dos Traços, de uma forma mais superficial e objetiva e/ou através do "eu", de maneira mais subjetiva e profunda.

Personalidade: Ambiente ou Genética?Há em biologia uma fórmula muito significativa e de validade indiscutível: FENÓTIPO = GENÓTIPO + AMBIENTE. Entende-se por Fenótipo o estado atual no qual se encontra o indivíduo aqui e agora, por Genótipo entende-se seu patrimônio genético e, em nosso caso, por Ambiente nos referimos às influências do destino sobre o desenvolvimento do ser.
De maneira geral, o estado em que se apresenta o indivíduo num dado momento deve ser entendido como uma conjugação entre seu patrimônio genético e a influência ambiental a que se submeteu. Em outras palavras, uma somatória daquilo que ele trouxe para a vida com aquilo que a vida lhe deu. Podemos assim, considerar a Personalidadecomo sendo composta de elementos constitucionais ou genotípicos e de elemento ambientais ou paratípicos. O resultado final do indivíduo, tal como se encontra no momento atual, será o seu fenótipo.
A discussão acerca da preponderância de elementos ambientais ou constitucionais na gênese da Personalidade é antiga, acirrada, infindável e inconclusiva. A tendência moderna e Politicamente Correta seria entender a pessoa como um resultado de influência preponderantemente ambiental, mas como o Politicamente Correto sempre se caracteriza por acentuada demagogia, melhor seria uma concepção mais sensata.
A ciência médica, acostumada que está a considerar relacionamentos causais para os fenômenos que estuda, sente-se incomodada quando alguma tendência sociogênica atribui à delinqüência, por exemplo, um reflexo direto da pobreza (ambiental). Fosse assim, pelo menos em nosso meio a delinqüência seria, no mínimo, milhares de vezes mais presente. É por causa de idéias assim que a sociedade reluta em entender a Depressão como um estado não necessariamente associado a alguma coisa má que tenha acontecido para a pessoa deprimida. A medicina psiquiátrica incomoda-se também diante de afirmações organogênicas sobre a inexorabilidade do comportamento agressivo como conseqüência irredutível de um bracinho longo de determinado cromossomo.
Como contribuição à esta perpétua discussão, Smith propõe um modelo de quatro mecanismos de influência nos quais nos baseamos com alguma modificação(8). São eles:

1 - Mecanismo Genético-Constitucional Direto
O mecanismo genético direto sugere uma influência dos genes e/ou da constituição de maneira direta na formação da Personalidade. Neste caso, a influência ambiental é muito diminuta e a participação constitucional é quase absoluta. São poucas as situações que se enquadram neste mecanismo e a maioria delas refere-se aos casos de deficiência mental, como por exemplo, a Trissomia 21 ou Síndrome de Down, entre outras.
De um modo geral, são situações onde o patrimônio genético determina uma configuração especial no indivíduo de natureza decididamente irreversível e imune às alternativas terapêuticas atuais (grife-se "atuais"). Diz-nos o bom senso que de acordo com os avanços dos conhecimentos da genética, tais situações tendem a rarear cada vez mais. A detecção precoce de genes anômalos ou patogênicos e o conhecimento acerca da penetrância de tais genes prometem um futuro mais otimista na área da genética e da concepção humana. Entretanto, atualmente tais procedimentos corretivos da formação constitucional desenvolvem-se, quase exclusivamente, na esfera da prevenção e não do tratamento.
Falamos em Genético-Constitucionais e não apenas em Genéticos (como propunha Smith) devido às diferenças entre um acontecimento apenas genético e outro constitucional. Genético significa, em tese, hereditário. Constitucional, por sua vez, significa que faz parte da constituição da pessoa (inato), podendo ou não ser genético. A encefalopatia proporcionada pela toxoplasmose congênita, por exemplo, é constitucional, mas não é genética.

2 - Mecanismo Genético-Constitucional Indireto
Neste caso, muito embora os traços marcantes da Personalidade possam ser determinados por fatores genéticos e/ou constitucionais, a atuação decisiva do ambiente poder alterar o curso do desenvolvimento do indivíduo. Uma surdez congênita, por exemplo, capaz de determinar uma Personalidade peculiar em decorrência das importantes limitações de desenvolvimento, será marcadamente atenuada caso o enfermo possa dispor de recursos especializados de treinamento e educação.
Os genes, neste caso, são herdados como possibilidades de se tornarem ou não determinantes de características na Personalidade, dependendo do tipo de atuação ambiental. Um indivíduo que tenha em si uma potencialidade genética de ser alto, por exemplo, poder terminar seu desenvolvimento com baixa estatura se o meio não lhe fornecer condições adequadas de nutrição.
Encontram-se, nesta possibilidade, os transtornos emocionais considerados endógenos pela psicopatologia. É o caso da esquizofrenia, por exemplo, que pode ou não se manifestar durante a vida do indivíduo apesar da probabilidade constitucional-genética. A eclosão franca da doença dependerá de um complexo conjunto de circunstâncias. Também a epilepsia poderia ser entendida através deste mecanismo, assim como outras condições psicopatológicas de comprovada concordância familiar.

3 - Mecanismo Ambiental Geral
O ambiente em caráter geral, dentro do espaço sócio-cultural a que pertence o indivíduo, pode favorecer o desenvolvimento de alguns traços peculiares na forma de relacionamento para com o mundo. Os estímulos, as solicitações, as oportunidades de treinamento, as normas de convivência, enfim, todo o patrimônio oferecido à pessoa através do sistema sócio-cultural e ambiental poderá determinar modalidades características da pessoa existir.
Será sobre as potencialidades constitucionais que o ambiente desempenhará uma ação modeladora da Personalidade, ou seja, o ambiente poderá alterar os rumos do desenvolvimento geral conferindo uma determinada maneira do indivíduo ser. Em termos psicopatológicos podemos alocar aqui alguns transtornos ditos neuróticos, com notável predominância dos elementos existenciais sobre os constitucionais.

4 - Mecanismo Ambiental Específico
Encontramos aqui os elementos ambientais relacionados especificamente a determinados aspectos do desenvolvimento da Personalidade como, por exemplo, a desnutrição, o alcoolismo, certas infecções, intoxicações, etc. São intercorrências ambientais que atuam na Personalidade especificamente neste ou naquele aspecto, como pode ser o caso de um traumatismo craniano, após o qual o indivíduo tenha passado a apresentar convulsões ou demenciação.
Neste caso podemos detectar UM elemento ambiental específico e responsável pela alteração no rumo do desenvolvimento da Personalidade. Isso quer dizer que sem este fator ambiental específico a Personalidade tomaria outro rumo e o indivíduo apresentar-se-ia na vida com outro desempenho existencial.
Embora a proposta esquematizada por Smith possa facilitar uma reflexão acerca do problema ambiente-constituição na gênese da Personalidade ou, mais além, na gênese dos transtornos da Personalidade, isso não deve ser tomado como uma questão hermética. Tanto para o desenvolvimento da Personalidade normal, quanto da patológica ou da não-normal, sempre iremos nos defrontar com uma condição multifatorial. Uma conjunção de vários destes mecanismos de influência.
Na psicopatologia a idéia de causalidade deve ser vista com muita prudência. Nenhuma situação de desenvolvimento da Personalidade poderá ser determinada, exclusivamente, por este ou por aquele mecanismo proposto por Smith, antes disso, o que se vê com mais freqüência é sim uma conjunção de mais de um deles.
Como se vê, atualmente o mais sensato seria admitir uma natureza bio-psico-social para como origem da Personalidade e o peso com que cada qual desses elementos participam na maneira como a pessoa É hoje, aqui e agora, será extremamente variável e individual.

Referência
Ballone GJ - Teoria da Personalidade, in. PsiqWeb, internet, disponível emhttp://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2008.

Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=161


O que é psicologia?

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Você sabe o que quer dizer Psicologia? O que faz um psicólogo ou psicóloga?
Podemos começar definindo a palavra psicologia. A definição de psicologia poderia ser dada por sua origem grega:  Ψυχολογία = Psyche + logia. Psyche quer dizer alma ou mente e também era o nome da Deusa “Psiquê”, que na mitologia grega era esposa de Eros, o nosso famoso cupido. Note que a primeira letra, Ψ (psi), é o símbolo da Psicologia, a figura acima.
Logia vem de logos, que quer dizer: discurso, conhecimento, ciência. Deste modo Psicologia é a ciência da alma e da mente. É a ciência que estuda a mente e o comportamento.
A psicologia é tanto um campo de estudos acadêmicos (em Universidades e faculdades) como um campo de aplicação dos conhecimentos: consultórios, hospitais, clínicas de saúde mental, em empresas e organizações.
Deste modo, a psicologia é uma ciência (campo de conhecimentos) e uma profissão, que foi regulamentada no Brasil em 1962.
O objetivo principal dos psicólogos e psicólogas é entender e explicar o pensamento, a emoção e o comportamento das pessoas. Quanto à área de aplicação da psicologia, podemos dizer que qualquer lugar onde se encontre uma pessoa, poderíamos ter um psicólogo atuando – dada a definição anterior. Clínicas, hospitais, escolas, empresas, indústrias, laboratórios são áreas nas quais os psicólogos trabalham. Veja mais abaixo em Psicologia e Profissão.

Breve história da psicologia
Resumo da História da Psicologia com as Principais Abordagens
Em certo sentido, pode-se dizer que a psicologia existiu desde o nascimento da filosofia grega. Obras de Platão e Aristóteles já contém estudos sobre a alma humana. Assim, ao longo da filosofia como um todo, desde a Antiguidade, passando pela Idade Média e moderna, encontramos livros relacionados aos temas da psicologia: estudos sobre os humores, temperamentos, sofrimentos, ética.
Mas existe um autor que é considerado o pai da moderna psicologia: seu nome é Wundt. Ele é considerado o fundador da psicologia enquanto ciência por ter criado o primeiro laboratório de psicologia, em Leipiz, na Alemanha em 1879.
Wundt abriu dois grandes campos de pesquisa para a psicologia: a pesquisa experimental (em laboratório) e a psicologia social ou psicologia dos povos – em alemão Völkerpsychologie.
Abordagens da psicologia
Até os dias atuais, os psicólogos contemporâneos dividem a psicologia em 3 grandes abordagens: a psicanálise, o behaviorismo (comportamentalismo) e humanismo. Falaremos com mais detalhes na Lição 4, sobre a biografia dos mais famosos psicólogos.

3 forças da psicologia

 Perspectivas da Psicologia moderna.
Existem 3 grandes abordagens dentro da psicologia: a psicanálise, o behaviorismo (comportamentalismo) e o humanismo. Sem elas, não podemos contar a história da psicologia nem explicar “o que é psicologia”. Além destas 3 forças, que serão explicadas abaixo, existem outras abordagens da psicologia como a psicologia transpessoal e a PNL, Programação Neuro-Linguísitica
A psicanálise
O pai da psicanálise foi Sigmund Freud, neurólogo austríaco nascido em 1859. A idéia central da psicanálise (análise da psique) é a idéia de inconsciente. Embora seja um conceito complexo, podemos entendê-lo como uma “parte” de nossa mente que o eu, a consciência, não controla.
Com a idéia de inconsciente, Freud explicou os sonhos, sintomas, atos falhos, piadas e doenças psíquicas. De suas amplas pesquisa que procuraram abordar a psique, surgiu o ditado “Freud explica”
Outros teóricos como Alfred Adler, C. J. Jung e Reich discordaram em alguns pontos da teoria de Freud e criaram suas próprias linhas de pesquisa. Mas como todas não abandonam a idéia de inconsciente, podemos dizer que todas surgiram a partir da psicanálise.
O behaviorismo
O termo behaviorismo vem do inglês behavior, comportamento. Em português, podemos dizer tanto behaviorismo como comportamentalismo.
O comportamentalismo define a psicologia como a ciência que estuda o comportamento. Autores como Pavlov, Watson e B. F Skinner deram grandes contribuições para o desenvolvimento desta abordagem da psicologia.
Pavlov estudava o comportamento de salivação de cães. Em seu laboratório de pesquisa, ele criou um experimento que o tornou mundialmente famoso: Toda vez que ele dava comida ao cão ele tocava uma sineta. Depois de certo tempo, apenas tocando a sineta, o cão salivava. Ou seja, ele provou o condicionamento animal, que explica a causa de certas fobias em humanos.
Skinner aprofundou as pesquisas da área, inaugurando o que chamou de behaviorismo radical. Fazendo uso também de experimentos com animais, ele desenvolveu o conceito de condionamento operante.
A grosso modo, podemos resumir este conceito da seguinte forma: o comportamento tem probabilidade de acontecer dada sua relação com os fenômenos anteriores e posteriores.
Em outras palavras: um comportamento vai ser controlado pelo que aconteceu antes e pelo que pode acontecer depois. Por exemplo, posso adorar comer chocolate. Mas se antes de comer chocolate, eu tiver comido muito chocolate, se você me oferecer – mesmo gostando muito de chocolate – provavelmente eu não vou aceitar.
O humanismo
Na década de 1950, houve uma forte reação contra estas duas abordagens da psicologia: a psicanálise e o behaviorismo. Esta reação ficou conhecida como humanismo ou psicologia humanista e tem dois importantes teóricos: Carl Rogers e Abraham Maslow.
Em 1962, Maslow publicou o livro Toward a Psychology of being, em que defendia a existência de uma 3 força dentro da Psicologia: o humanismo.
Um dos conceitos mais conhecidos de Maslow é a de hierarquia de necessidades. Maslow desenhou uma pirâmide, muito utilizada nos estudos de motivação, sobre a ordem de prioridades de satisfação do homem.
Em outras palavras, primeiro buscamos satisfazer a) necessidades fisiológicas – como fome e sono; b) segurança – emprego, família, saúde; c) amizade, relacionamentos amorosos; d) necessidades de estima e; e) realização pessoal.

Psicologia e Profissão

A psicologia possui um vasto campo de atuação. No curso de psicologia estudamos diversos assuntos, desde matérias iniciais e gerais como História da Filosofia, Anatomia, Sociologia e Antropologia até matérias específicas sobre as 3 forças da psicologia e disciplinas práticas.
Como a psicologia se relaciona com os campos citados acima, especialmente a biologia, filosofia e sociologia, é uma área que exige constante atualização.
Compreende a maior área de atuação dos profissionais da psicologia e é também a área que as pessoas mais conhecem e associam com os psicólogos. Geralmente, pensa-se na profissão de psicologia: um consultório com divã.
A psicologia clínica vai sofrer influência das 3 grandes forças da psicologia e de outras áreas mais recentes como a Psicologia Transpessoal e PNL (programação neuro-linguística), bem como da medicina (psiquiatria) e de terapias corporais.
Os psicólogos nesta área buscam tratar o sofrimento mental e psíquico dos pacientes, diagnosticando as doenças mentais e realizando uma intervenção de acordo com as necessidades de cada caso.
Psicologia Online
Orientação Psicológica Online tem por objetivo o atendimento a uma queixa específica de forma breve, escolhendo um determinado problema mais urgente, e focando esforços na sua resolução.
É a mais nova forma de atuação da psicologia. A orientação psicológica online é regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia. Clique aqui para ler a Resolução CFP N°012/2005 

Psicologia do Desenvolvimento (Infância e adolescência)
Estudo e pesquisa do desenvolvimento mental e emocional de crianças e adolescentes. Mas não só: são também estudados as mudanças provocadas pela meia idade e pelo advento da terceira idade.
Estudo e intervenção dos indivíduos em contextos grupais. Ou seja, como o indivíduo se relaciona com grupos (família, escola, amigos, multidões).
Nesta área, o psicólogo pode trabalhar em comunidades, grupos de auto-ajuda e no governo.
Foi uma das primeiras áreas de atuação dos psicólogos no início do século XX. Muitos testes de personalidade surgiram através das necessidades das empresas na hora de selecionar e contratar funcionários.
O profissional que trabalha em Organizações e Empresas pode prestar serviços de Recrutamento e Seleção de Pessoal, sendo o único profissional capacitado a aplicar, corrigir e analisar testes psicológicos.
Estuda os padrões de pensamentos, sentimentos e comportamentos dos indivíduos, que fazem com que cada pessoa seja única e diferente de todas as demais. Influencia fortemente as práticas da Psicologia Clínica.
Fonte: https://www.psicologiamsn.com/2011/01/o-que-e-psicologia.html