quarta-feira, 22 de maio de 2013

Os desafios da integração de equipes



Integração é juntar. Ter totalidade. Este é o desejo de todo gestor com sua equipe ou com todos os funcionários de uma empresa. É natural que os líderes e gestores peçam aos seus funcionários que saibam tudo o que está acontecendo dentro da empresa, quais os negócios, as últimas notícias, saibam o que cada diretoria está fazendo e resolvendo, para alcançar as metas estabelecidas.
Integrar é uma forma de estimular o funcionário, dar motivação e tornar o ambiente de trabalho agradável. É uma forma inteiramente correta de se pensar. Uma empresa integrada, que tem todos os seus funcionários envolvidos, consegue se desenvolver, crescer e quem sabe, vencer a concorrência. A integração é importante para se manter o foco, a união, fazer com que a equipe não perca a direção e consiga ter êxito no final dos trabalhos.
Mas, os profissionais envolvidos na escolha da uma integração devem escolher corretamente o que deverá ser utilizado dentro da organização, pois somente desta forma o fato se tornará uma realidade. O dia a dia de uma empresa muitas vezes impede que uma integração seja realizada e geralmente este tipo ação é deixado de lado pelos gestores e líderes com a desculpa que o trabalho e as metas são muito mais importantes do que juntar a equipe para que os funcionários possam se conhecer.
Você que trabalha em uma organização, não importa o cargo, responda com toda sinceridade: não é uma tarefa árdua e complexa de ser feita? Integrar todos os funcionários ao mesmo tempo não é uma tarefa complexa?
As metas são tão enlouquecedoras para vencer a concorrência, seja qual for o setor de atuação, que muitas empresas passam batido por esta tarefa de integrar, vital para o crescimento de uma empresa. Posso garantir que este trabalho é necessário.
Primeiro, o funcionário assim que é contratado deve passar por uma imersão e conhecer toda a organização. Muitos gestores esquecem a importância de se conhecer a história da empresa, os benefícios, os negócios, serviços, etc. Como o gestor vai querer que o funcionário defenda a marca, se envolva nos planejamentos estratégicos e negócios da organização se este funcionário contratado não sabe absolutamente nada do local onde ele passará mais de 8 horas de seu dia?
Na maioria das vezes, o funcionário ao chegar a uma empresa recebe um kit de boas-vindas – muito bom -, com todas as informações sobre a organização. Mas, desafio qualquer um que tenha iniciado suas atividades em uma grande corporação a me dizer se realmente leu todo o material que recebeu? O funcionário já chega tão envolvido que vai se integrando a equipe e aos negócios. Com o passar do tempo e que ele vai aprender sobre a empresa. Pode ser diante de um site, de uma Intranet ou ainda ter curiosidade de ler livros ou folheterias. Se for curioso, ele lê, mas a integração acaba ocorrendo durante o dia a dia com seus colegas de trabalho ou uma reunião aqui e ali, onde ele consegue aumentar o seu círculo de amizades e seu networking.
Agora, segue um ALERTA para os líderes e gestores. Quando for contratar uma empresa para fazer uma integração tenha cuidado na escolha. Dependendo do trabalho oferecido, as ideias para integrar podem até mesmo desintegrar a equipe.
Em uma corporação de grandes dimensões uma integração com mais de 500 pessoas é impossível de ser realizada. É melhor dividir em etapas, por diretorias ou por setor e fazer o mesmo trabalho com todos os funcionários. Já tive esta experiência e o resultado foi gratificante.
Geralmente, a integração acontece mais com a equipe de vendas, pois as metas nesta área são sempre muito agressivas e estes funcionários precisam vender bastante para vencer a concorrência. Uma equipe de vendas integrada é fundamental para uma empresa.
Conselho: cuidado com integração que utiliza esportes radicais como rafting, cordas que possam prender/unir um funcionário no outro, pular de grandes alturas, etc. Muitos funcionários podem apresentar dificuldades e complicações no momento desta integração. Fobias ficam latentes. Alguém por acaso já teve a oportunidade de assistir o filme: White Mile? Se ainda não assistiu, aconselho ir à locadora mais próxima. Realizado para a TV americana com o premiadíssimo ator Alan Alda, conta a história real do dono de uma agência de publicidade americana bem sucedida em Nova York que para vencer a concorrência, resolve levar todos os seus principais diretores para um rafting. Muitos no início ficaram temerosos, mas quem estava disposto a desafiar o dono da agência e perder o seu emprego? Pois bem, eles foram e uma tragédia acabou acontecendo. 99% dos diretores morreram porque não tinham experiência em esportes radicais e a maioria não sabia nadar. Uma tragédia que acabou com a vida da agência e o pior de tudo, das famílias. O dono exigiu que todos fossem e ainda zombava daqueles que apresentassem medo por descer a cachoeira. O caso acabou com a prisão e condenação do dono da agência de publicidade e os poucos sobreviventes carregam até hoje traumas que poderia ser evitados caso este presidente tivesse um pouco mais de sensibilidade e respeitasse a individualidade de seus funcionários? Fato raro dentro de uma empresa.
Eu, antes de realizar as integrações que coordenei já tinha assistido a este filme e pude aconselhar os diretores a escolher com muito cuidado as empresas que nos ofereceriam este tipo de serviço.
Quando uma integração é anunciada para a equipe, a área de comunicação, o gestor ou o líder deve passar segurança, não somente com a vida dos funcionários, caso seja feito fora da empresa, mas também, quanto ao emprego em questão. Já soube de integrações que foram grandes pegadinhas para fazer avaliações e demissões.
Faça integração como troca de postos de trabalho. Muitos presidentes vestiram a roupa do faxineiro para saber como era este serviço. Este tipo de troca trás muitos benefícios. Se sua empresa tem Call Center fique um dia no atendimento e veja como é árduo este trabalho. Tente acompanhar então um dia de um engenheiro, arquiteto, profissional de comunicação, advogado, etc. da empresa onde você trabalha. A percepção muda completamente e o trabalho que antes você poderia enxergar como enfadonho verá com outros olhos. Mas, lembre-se, esta troca não pode prejudicar o andamento dos serviços da empresa, da equipe e mais ainda o cliente final.

Algumas ações básicas para integrar o colaborador ao novo ambiente de trabalho:
Quando um funcionário é contratado, geralmente ele se sente desambientado. Afinal, está em um local novo, não conhece as pessoas e isso pode deixá-lo retraído. Não é possível sentir-se à vontade em um ambiente sem saber onde se está "pisando".

1. Integração institucional - É essencial que o profissional conheça profundamente a empresa em que atuará, como os seus produtos, seu espaço físico, suas regras, seus valores etc. Dentre as ações para integrar a pessoa à empresa, pode-se utilizar: acesso ao site da organização: apresentação de vídeos; visita guiada; cartilhas e documentos institucionais, bem como divulgação do código de ética.

2. Integração com a equipe - Conhecer as pessoas dá mais segurança a quem chega a um ambiente desconhecido. Nesse sentido, você pode reservar pelo menos 15 minutos para uma conversa informal e aproximar o colaborador e o gestor do departamento. Uma breve apresentação do colaborador aos demais colegas do setor é sempre bem-vinda. Caso exista refeitório, almoce com o funcionário e aproveite a oportunidade para apresentá-lo a outras pessoas que atuam na organização.

3. Integração com os departamentos - Forneça ao recém-chegado uma lista dos ramais de cada departamento e o nome dos profissionais que ele manterá contato para realizar suas atividades. Isso certamente influenciará o desempenho do funcionário em processo de adaptação.

4. Integração com o RH - Coloque-se à disposição do profissional e mostre que a área de Recursos Humanos está de portas abertas para ele. Essa também é uma ótima chance para apresentar ao funcionário as ações específicas que contam com a atuação efetiva do RH.

Saiba sempre, que uma equipe integrada será participativa, defenderá a marca e a empresa. Não importa se esta organização tem 100 ou 10 mil empregados espelhados pelo país ou mundo. Festas de confraternização bem organizadas, aniversários, reuniões para troca de informações entre áreas, premiações de vendas com integração e um excelente reconhecimento aos funcionários que se destacaram dentro da organização tornará esta equipe e todos os escalões unidos em um único objetivo e em um único foco. Vencer! Não é isto que todos queremos em nossa vida?

segunda-feira, 20 de maio de 2013

11 comportamentos que fazem a carreira sair dos trilhos


Identificados pelo psicólogo americano Robert Hogan, os chamados “descarriladores de carreira” são tendências de comportamento disfuncional que se revelam quando alguma ameaça é detectada. 

“São características que, em excesso, se transformam em aspectos negativos, e as pessoas não se dão conta de que isso pode ser um risco para o desempenho”, explica Roberto Santos, sócio fundador e diretor do Ateliê RH, distribuidor nacional das ferramentas de avaliação Hogan no Brasil. Confira quais estas 11 tendências comportamentais mapeadas por Hogan e veja se você se reconhece em algumas:
1 Temperamental
Do céu ao inferno em questão de segundos. Pessoas com este comportamento exacerbado têm na falta de resiliência e na explosão emocional o seu lado sombra. “Tem este aspecto de gritar, de explodir que o mais característico e conhecido no ambiente de trabalho”, diz Santos.
Seu ponto forte é a intensidade. “É aquele cara que todo mundo sabe quando está no escritório, é apaixonado, mas tem esses altos e baixos, num instante está empolgado e no outro já quer lagar tudo”, explica.
2 Cético
Brilhantes em prever o que pode dar errado ao elaborar um plano estratégico, os céticos conseguem, como ninguém, pensar no pior cenário possível. “O ponto forte é que ele é o oposto do ingênuo, dificilmente vai deixar passar alguma coisa em um contrato, por exemplo”, diz Santos. 
A sua faceta sombria se revela com a desconfiança exagerada e crônica. “É alguém que, quando elogiado, já logo pensa que a pessoa deve estar querendo alguma coisa em troca”, diz Santos.

3 Cauteloso
Raramente um cauteloso vai ser vítima de uma decisão precipitada. “É uma pessoa que sempre pede mais dados, mais pesquisas, mais relatórios, e acaba retardando a decisão, no fundo, por medo de errar”, diz Santos.
Sensíveis a críticas, o resultado do exagero neste comportamento é a falta de inovação. Cautelosos tendem a repetir sempre a mesma receita de bolo.
4 Reservado
O mundo pode estar desabando no escritório que o reservado não se deixa abater e não perde o foco. “Quando há a crise ele consegue continuar a olhar para a situação de forma racional e poderia até ajudar a organização usando esta frieza”, diz Santos.
O problema surge quando, sob estresse, ele se isola e se mostra indiferente às expectativas dos outros. “As pessoas vão conversar com ele, e pela falta de tato para lidar com assuntos de ordem emocional, ele destrata, tem fama de fechado”, explica Santos.
5 Passivo resistente
Não são pessoas que discordam abertamente nem partem para conflito quando alguém pede que façam algo ou mudem sua rotina.
“Só que ele, depois, não vai fazer nada a respeito e não vai corresponder às expectativas”, diz Santos, citando qual é a pior forma deste comportamento.
6 Arrogante
A energia e o carisma são os pontos fortes. Quem tem este traço de personalidade pode até ser considerado um líder nato. Mas quando a arrogância toma conta, o risco é não aceitar erros e fracassos e impor a sua vontade pela força. Esperar admiração e sucesso em tudo que tocado por eles também faz parte do seu lado sombra.

7 Ardiloso
A disposição pra se envolver em atividades que evolvam riscos é a característica marcante das pessoas ardilosas. Geralmente com boa capacidade de comunicação e persuasão, estas pessoas podem fazer lobby para atingir seus objetivos. 
“Vão tecendo uma teia, distorcendo informações e usando a capacidade de manipulação para conseguirem o que querem e fazem isso correndo riscos”, explica Santos. Quando descobertos, vão sofrer as consequências da perda de credibilidade.
8 Melodramático
“É o típico pavão que adora aparecer e ,preocupado demais com os holofotes, nem percebe se a audiência está gostando”, explica Santos. O perfil é adequado para carreiras que demandam alta exposição mas, em excesso, podem ser cansativos por serem péssimos ouvintes, impulsivos e imprevisíveis.
 “Em vendas, por exemplo, é útil mas quando assume uma posição de liderança, na hora de conversar com outros gerentes pode não dar muito certo”, lembra Santos.
9 Imaginativo
De tanto “pensar fora da caixa”, o risco para os imaginativos é viver fora dela. Ou seja, se a criatividade é seu ponto forte, a incapacidade em levar adiante as ideias é o sintoma sombrio deste comportamento.
 “Além de não continuidade aos projetos, os imaginativos em excesso ficam trazendo novas ideias e não conseguem explica-las para a equipe”, diz Santos.
10 Perfeccionista
Tem um alto padrão de qualidade pode até ser um ponto forte. Mas, antes de sair disparando para os recrutadores que este é o seu defeito, preste atenção aos riscos que o comportamento perfeccionista traz para a organização. 
O exagero nos mínimos detalhes pode levar à baixa produtividade, de acordo com Santos. “Eles se perdem nos detalhes , querem fazer tudo perfeito, e acabam não entregando os resultados”, diz. Ou seja, não são pessoas que apostem no lema da chefe de operações do Facebook, Sheryl Sandberg: “ Feito é melhor que pefeito”.
11 Obsequioso
Colocar-se à disposição de colegas e superiores é uma boa forma de fazer aliados no trabalho. Sem demonstrar resistência ou desacordo, tendem ao sucesso. Mas o preço que pagam é serem taxados de puxa-sacos.
Preocupados em agradar a gregos e a troianos, tomar decisões pode ser uma tarefa hercúlea para os obsequiosos, assim como tomar partido em meio à tensão no ambiente.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Dica - 8 coisas que devem ser apagadas do seu currículo

O seu currículo é a parte mais importante da sua busca por emprego. Veja 8 coisas que devem ser apagadas do seu currículo e garanta a sua vaga.



Erros ortográficos podem tirar o seu currículo do processo de seleção para um emprego
Os recrutadores e gestores responsáveis pela contratação de candidatos procuram por palavras chaves no seu currículo que vão indicar se você é ou não adequado para a vaga. Por isso, o currículo deve ser sempre bem estruturado e conter um resumo das suas qualificações profissionais, sem informações desnecessárias e óbvias.


Confira 8 coisas que devem ser apagadas do seu currículo imediatamente se você quer acertar na sua busca por emprego.

1. Detalhes pessoais
Recrutadores não estão interessados em se você tem filhos, onde você cresceu ou qual a sua religião. Um currículo deve ter um perfil exclusivamente profissional.

2. Os seus interesses
Da mesma forma, os recrutadores não querem saber qual a sua banda preferida ou se você gostar de pescar. Mantenha as informações relativas ao seu histórico profissional.

3. Habilidades básicas ou informações óbvias
A menos que a descrição da vaga exija habilidades básicas, coisas como digitar não são necessárias no seu currículo, pois a grande maioria da população possui essa habilidade. Prefira dar espaço para as habilidades que fazem com que você se destaque.

4. A sua foto
Uma foto no currículo não passa uma aparência profissional. Se não for exigida, apague a foto do seu currículo imediatamente.

5. O seu histórico profissional completo
Como dito anteriormente, os recrutadores não vão passar muito tempo lendo o seu currículo. Portanto, dê preferência aos seus empregos que mais se relacionam com a vaga desejada.

6. Muitas opções de contato
Se você possui muitos celulares, e-mails e telefones residenciais, escolha aquele onde você pode ser encontrado mais facilmente e coloque no seu currículo. Os recrutadores não vão gastar muito tempo adivinhando em qual telefone você vai estar.

7. Descrições muito longas
Descrições muito longas não são lidas. Faça um resumo das suas maiores qualidades e pontos altos da carreira, dando destaque a palavras chaves que fazem com que os recrutadores te identifiquem.

8. Erros ortográficos
Um currículo com erros ortográficos pode ser imediatamente desclassificado do processo de seleção. Revise o seu currículo e certifique-se de que ele está apresentável, sem qualquer erro ortográfico ou de digitação.

terça-feira, 7 de maio de 2013

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA VIDA PESSOAL E EMPRESARIAL

Comecemos discutindo alguns conceitos básicos sobre comunicação. 



1. O Que é Comunicação?

Comunicação é o processo de transmitir a informação e compreensão de uma pessoa para outra. Se não houver esta compreensão, não ocorre a comunicação. Se uma pessoa transmitir uma mensagem e esta não for compreendida pela outra pessoa, a comunicação não se efetivou.

Segundo Chiavenato (2000, p. 142), é a troca de informações entre indivíduos. Significa tornar comum uma mensagem ou informação.

Ao conceito de Scanlan (1979, p. 372), a comunicação pode ser definida simplesmente como o processo de se passar informações e entendimentos de uma pessoa para outra.

Num conceito mais amplo e moderno, o profissional precisa proporcionar uma comunicação clara e precisa, ter decisões rápidas, visão e ação integral, iniciativa própria e informação plena do negócio da empresa.

1.1 O Processo de Comunicação

Cada período de comunicação é diferente de qualquer outra.

O processo de comunicação é composto de três etapas subdivididas:

1 - Emissor: é a pessoa que pretende comunicar uma mensagem, pode ser chamada de fonte ou de origem.

a) Significado: corresponde à ideia, ao conceito que o emissor deseja comunicar.

b) Codificador: é constituído pelo mecanismo vocal para decifrar a mensagem.

2 - Mensagem: é a ideia em que o emissor deseja comunicar.

a) Canal: também chamado de veículo, é o espaço situado entre o emissor e o receptor.

b) Ruído: é a perturbação dentro do processo de comunicação.

3 - Receptor: é a etapa que recebe a mensagem, a quem é destinada.

a) Descodificador: é estabelecido pelo mecanismo auditivo para decifrar a mensagem, para que o receptor a compreenda.

b) Compreensão: é o entendimento da mensagem pelo receptor.

c) Regulamentação: o receptor confirmar a mensagem recebida do emissor, representa a volta da mensagem enviada pelo emissor(Feedback).

Vamos exemplificar, de acordo com o conceito de Gil (1994, p.33):

Uma pessoa (emissor) tem uma ideia (significado) que pretende comunicar. Para tanto se vale de seu mecanismo vocal (codificador), que expressa sua mensagem em palavras. Essa mensagem, veiculada pelo ar (canal) é interpretada pela pessoa a quem se comunica (receptor), após sua decifração por seu mecanismo auditivo (descodificador). O receptor, após constatar que entendeu a mensagem (compreensão), esclarece a fonte acerca de seu entendimento (regulamentação).

Pode-se, portanto, dizer que a comunicação só pode ser considerada eficaz quando a compreensão de receptor coincide como o significado pretendido pelo emissor.

1.2 Ruídos na Comunicação

O processo de comunicação nunca é perfeito. No decorrer de suas etapas sempre ocorrem perturbações que prejudicam o processo, no qual são denominados ruídos. Ruído é uma perturbação indesejável em qualquer processo de comunicação, que pode provocar perdas ou desvios na mensagem.

De acordo com Carvalho (1995, p. 82), o ruído é identificado na comunicação humana como o conjunto de barreiras, obstáculos, acréscimos, erros e distorções que prejudicam a compreensão da mensagem em seu fluxo: emissor x receptor e vice-versa. Isto significa que nem sempre aquilo que o emissor deseja informar é precisamente aquilo que o receptor decifra e compreende.

Segundo Gil (1994, p.34), entende-se por ruído qualquer fonte de erro, distúrbio ou deformação da fidelidade na comunicação de uma mensagem, seja ela sonora, visual, escrita etc. E é este o desafio das comunicações nas empresas e na nossa vida diária.

1.3 Tipos de Comunicação

1.3.1 Comunicação Verbal:

Quase toda a comunicação verbal é realizada por escrito e devidamente documentada por meio de protocolo, mas é composta pela palavra.

Comunicação Oral: são as ordens, pedidos, conversas, debates, discussões.

Comunicação Escrita: são as cartas, telegramas, bilhetinhos, letreiros, cartazes, livros, folhetos, jornais, revista.

1.3.2 Comunicação Não-Verbal:

Através desta comunicação não-verbal ocorre a troca de sinais: olhar, gesto, postura, mímica.

Comunicação por mímica: são os gestos das mãos, do corpo, da face, as caretas.

Comunicação pelo olhar: as pessoas costumam se entender pelo olhar.

Comunicação pela postura: o modo como nos sentamos, o corpo inclinado para trás ou para frente, até mesmo a posição dos pés. Tudo isso na maioria das vezes é o nosso subconsciente transmitindo uma mensagem.

Comunicação por gestos: pode ser voluntária, como um beijo ou um cumprimento. Mas também pode ser involuntária, como por exemplo, mãos que não param de rabiscar ou de mexer em algo. Isso é sinal de tensão e, ou nervosismo.

1.4 Os Canais de Comunicação

A comunicação dentro das empresas para ser clara e precisa, necessita de um organograma bem planejado, para que a mensagem não chegue distorcida. A seguir veremos os modelos de canais de comunicação que ocorrem dentro de empresas:

a) Canais Verticais

Podem ser descendentes (de cima para baixo) e referem-se à comunicação entre o superior e os subordinados, veiculando ordens ou instruções. Podem ser ascendentes (de baixo para cima) e referem-se à comunicação entre o subordinado e o supervisor, veiculando informações a respeito do trabalho executado.

b) Canais Horizontais

Refere-se às comunicações laterais entre dois órgãos (dois departamentos, duas seções) ou dois cargos (dois gerentes) no mesmo nível hierárquico.

Todo profissional de RH atuante sabe que, antes de se voltar para qualquer das direções já mencionadas, necessita desenvolver sua capacidade de receber e enviar mensagens, capacidade essa que se traduz, principalmente, no cultivo das habilidades de saber ouvir.

Algumas considerações 

Uma situação de risco para as empresas, é quando ocorrem as falhas de comunicação do seu pessoal. Muitos dos problemas existentes numa organização podem ser oriundos da falta de comunicação (má comunicação) ou das distorções nelas contidas.

Ao tratar da comunicação estamos solucionando, em muitos casos, antigos e persistentes problemas, que podem dar lugar a pessoas e ambientes mais leves e motivados, proporcionando mais e melhor de si, com produtividade e desenvoltura de quem percebe que é possível crescer e gerar crescimento consequente.

Entretanto, sabemos que uma comunicação eficaz pode proporcionar um resultado positivo para a organização. O profissional com comunicação prática é aquele que consegue colocar o seu ponto de vista, até um programa de ação na hora da negociação, passando a mensagem desejada.

Acredito, então, que saber se comunicar é fator imprescindível a qualquer um que queira se aventurar pelo mundo do empreendedorismo. A comunicação é visceral para o desenvolvimento humano e empresarial.
Incrivelmente, 80% dos problemas corporativos são provenientes de falhas na comunicação, segundo especialistas. Mas vejo nisso um entrave que transcende o ambiente da empresa.
A comunicação é parte do desenvolvimento humano, que por consequência afeta todo tipo de ambiente onde há convivência entre pessoas.
Talvez, seja possível solucionar problemas de convivência comuns na família, no trânsito, na escola, por exemplo. Basta incentivar e desenvolver o domínio da arte da comunicação no ambiente de trabalho.
Começando por nós mesmos.


Dominando a comunicação
Passar uma mensagem clara e objetiva para o ouvinte de forma eficiente, depende de diversos fatores.
Uma conversa deve ser interessante e agradável. Assim é possível atrair a atenção para suas idéias. No entanto, para uma comunicação eficiente isso ainda não basta. Mostrar entusiasmo e interesse pelo outro também são fatores importantes.


Uma boa comunicação envolve:

  • Expor objetivos, metas e planos
  • Adequar a linguagem ao interlocutor
  • Boa postura e entonação
  • Ler muito. Saber falar sobre vários assuntos
  • Falar olhando nos olhos da pessoa
  • Discordar sem ser desagradável. Use perguntas.

A comunicação não é uma competição. Alguns profissionais acham que devem sempre sair ganhando. Comunicação não é discussão. Nunca critique alguém durante uma apresentação ou diálogo.


Os pecados capitais da comunicação
Vale lembrar que para uma conversa eficiente, menos é mais. A boa comunicação não quer dizer que se deve falar e falar sem parar, mas que deve-se dar mais tempo a ouvir o que o outro tem a dizer.


Evite estes erros:

  • Ser o dono da verdade
  • Não ouvir atentamente ao outro
  • Desconhecer as particularidades dos ouvintes
  • Falhas de concordância verbal e nominal
  • Ser chato
  • Desrespeito social
  • Subestimar a inteligência da outra pessoa
  • Usar termos técnicos desconhecidos
  • Gesticular demais
  • Tocar fisicamente o outro com frequência
  • Monopolizar a palavra
  • Usar frases de duplo sentido
  • Abusar da ironia
  • Ter atitudes preconceituosas
  • Criticar cruelmente e sem função
  • Grosseria ou agressividade
  • Arrogância, falar bem de si mesmo
  • Mostrar superioridade
  • Envenenar o ambiente com mau humor
  • Gozações e brincadeiras de mau gosto

Transformando palavras em ímãs
Segundo o consultor Carlos Hilsdorf, três coisas tornam uma conversa cativante: o tema, as pessoas e o relacionamento entre elas.
Assim, a melhor estratégia para uma comunicação eficiente é procurar um tema atraente para falar com pessoas interessantes e estabelecer com elas uma atmosfera agradável de compartilhamento e respeito.
Concentre-se na pessoa e lembre-se de que ela é o assunto preferido dela mesma. Fale em forma de perguntas que abram o caminho para conhecê-la melhor e achar pontos de interesse em comum.