A percepção é a função cerebral que permite ao indivíduo organizar e interpretar as impressões sensoriais, de forma a atribuir significado ao meio envolvente, a partir de um histórico de vivências passadas. O seu processo consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas, podendo ou não depender de alguma informação proveniente da memória.
Esta atividade cognitiva ocorre graças aos órgãos dos sentidos que veiculam as informações obtidas. Primeiramente, os órgãos receptores detectam e recebem o estímulo, processo designado por sensação. De seguida, esse estímulo é traduzido em impulsos nervosos que são conduzidos ao cérebro, onde são processados.
Toda esta sequência tem início com a atenção, um processo de observação seletiva em que atuam diversos factores determinantes: os factores externos e os factores internos.
Por factores externos entendemos agentes que surgem exteriormente ao corpo, ou seja, estímulos que os órgãos dos sentidos identificam. Como exemplo, podemos considerar o movimento do estímulo, a sua intensidade, contraste e incongruência. Os factores internos estão relacionados com o nosso ser e a nossa personalidade. Podemos tomar como exemplo a motivação para o estímulo, as experiências que tivemos anteriormente, o maior ou menor conhecimento e entendimento do estímulo, a natureza social e a expectativa, entre outros.
À medida que adquirimos novas informações, a nossa percepção em relação a um determinado assunto vai-se alterando. Contudo, é de salientar que mesmo na ausência de alteração do estímulo, a sua interpretação poderá variar, por influência das experiências presenciadas pelo sujeito. Assim, após a chegada da informação ao cérebro, vão-se estruturar e organizar continuamente as representações do mundo. É nele que se dá sentido ao que vemos, ouvimos e sentimos, dado que a informação proveniente dos órgãos sensoriais é processada no cérebro, estrutura do sistema nervoso na qual os estímulos ganham sentido e, por isso, significado.
No entanto, caso o cérebro ou os órgãos sensoriais não estejam em total equilíbrio com as características do meio ambiente, as percepções poderão não corresponder àquilo que efetivamente se observa, ouve e sente, daí a existência de percepções deficientes, alucinações ou ilusões dos sentidos.
Por vezes, poderá não existir qualquer percepção face ao estímulo. Esta situação ocorre quando o objecto percebido não tem qualquer base na realidade da pessoa em causa, pelo que ela poderá simplesmente não o perceber, acabando por o ignorar.
Relação Percepção – memória – Consciência – Pensamento
Toda esta sequência tem início com a atenção, um processo de observação seletiva em que atuam diversos factores determinantes: os factores externos e os factores internos.
Por factores externos entendemos agentes que surgem exteriormente ao corpo, ou seja, estímulos que os órgãos dos sentidos identificam. Como exemplo, podemos considerar o movimento do estímulo, a sua intensidade, contraste e incongruência.
Relação Percepção – memória – Consciência – Pensamento
A percepção representa um processo cognitivo único. É distinto da memória, pois, enquanto esta está relacionada com acontecimentos passados, a percepção está diretamente relacionada com acontecimentos observáveis no momento presente.
Também se considera a percepção diferente do pensamento e da consciência, visto que a percepção não remete para a subjetividade do ser humano. A percepção nasce a partir de um estímulo proveniente do exterior, contrariamente à consciência e ao pensamento que constituem processos mais íntimos e existem sem que haja um estímulo, pelo que apenas é necessário recorrer à memória.
Fonte: http://cerebro.weebly.com/percepccedilatildeo.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário