segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Comportamento humano nas organizações



De acordo com as características próprias de sua personalidade, cada pessoa age e reage de certo modo aos fatos e acontecimentos cotidianos, no âmbito pessoal e/ou profissional, tomando decisões que julga serem corretas ou mais adequadas em cada situação, mediante seu livre arbítrio.

Além das organizações de identificar as aptidões de seus funcionários pelas características comportamentais que apresentam, é também importante examinar outras características específicas de sua personalidade, entre os quais se ressaltam:

1.      O seu centro de controle;

2.                 O Maquiavelismo;

3.                  A autoestima;

4.                  Auto monitoramento;

5.                  A propensão para correr riscos e as personalidades do Tipo A;

6.                  As proativas.

Pela análise do centro de controle, é possível identificar dois tipos de pessoas quanto à percepção da fonte de controle do seu destino: o denominado interno congrega pessoas que acreditam controlar o próprio destino; o tipo denominado externo é formado por pessoas que esperam que suas vidas sejam controladas por fatores alheios às suas vontades, ou seja, que tudo o que lhes acontece é obra da sorte ou do acaso.

Estudos confirmaram que, na execução de atividades profissionais, as pessoas que possuem características de centro de controle interno demonstram maior motivação e disposição para tomar iniciativas; sentem-se deveras responsáveis pelos seus atos, atribuindo a responsabilidade de seus sucessos ou fracassos a si mesmos. Cuidam melhor de sua saúde, suscetíveis a baixos índices de doenças. Quando insatisfeitas com seu emprego, não hesitam em demitir-se para buscar outro que lhes proporcione maior satisfação e no qual possam desempenhar melhor seu trabalho.

Ao contrário, as pessoas com características de centro de controle externo são mais propensas à insatisfação no trabalho, pois acreditam que têm pouco controle sobre os resultados organizacionais, embora tenham menos probabilidade de tomar iniciativa de procurar trabalho. São mais descuidadas com a saúde, mais complacentes em relação ao ambiente onde atuam é mais dispostas a seguir orientações, obtendo maior sucesso na realização de trabalhos mais estruturados e rotineiros, cujo cumprimento depende de ordens ou instruções fornecidas por outras pessoas.

Maquiavelismo constituem indivíduos pragmáticos com grande poder de convencimento, de manipulação e de agressividade competitivas e que mantêm distância emocional quanto ao ambiente do entorno, centrando-se em seus objetivos. Para essas pessoas os fins justificam os meios, ou seja, seu desempenho se evidencia realmente quando a situação mostra-se favorável a trabalhos que requerem barganha e improvisação, quando o fator emocional é importante para o negócio, pois são mais calculistas e conseguem impor-se sobre personalidade menos maquiavélica e também quando o negócio é realizado de maneira direta, em contato pessoal com o outro.

Sobre a autoestima, estudos mostram que as expectativas de sucesso estão diretamente relacionadas com a capacidade que as pessoas têm de gostar de si mesmas. Pessoas com elevada autoestima não se deixa abater com facilidade diante de tarefas mais exigentes, geralmente escolhem serviços pouco convencionais e manifestam satisfação com o seu trabalho.

As pessoas com baixa autoestima são mais insatisfeitas com o trabalho ·e mais vulneráveis a influências externas, com tendências a buscar a aprovação dos outros, bem como a seguir comportamentos adotados por pessoas que eles admiram e respeitam. Preocupados em agradar os outros quando ocupam cargos executivos, têm menor possibilidade de assumir posições impopulares do que os indivíduos com elevada autoestima.

Auto monitoramento refere-se à aptidão comportamental do indivíduo em ajustar-se a fatores externos situacionais, ou seja, sua capacidade política.

Indivíduos que possui elevada capacidade de auto monitoramento conseguem adaptar seu comportamento conforme os fatores externos também são mais atenciosos ao
comportamento dos outros e se adaptam com mais facilidade às novas situações. São mais flexíveis, costumam ter excelentes avaliações de desempenho e despontar como líderes. 
Manifestam menos comprometimento com suas organizações. São capazes de mostrar diferentes faces para diferentes públicos e conseguem desempenhar múltiplas funções. Apresentam diferenças gritantes entre seus comportamentos públicos e privados.

Indivíduos com restringida capacidade de auto monitoramento costumam demonstrar suas verdadeiras disposições e atitudes em todas as situações, deixando transparecer a grande coerência que há entre o que eles são e o que fazem. Há neles ausência de capacidade política. Não conseguem ajustar
seu comportamento para se adaptar a mudanças de situação, ou seja, agem
independentemente dos sinais que possam advir do ambiente, ao qual não se importam em dar respostas. Embora demonstrem ser competente, ser motivadas para o trabalho e ter capacidade produtiva, o desempenho profissional dessas pessoas nunca sai da média.

Assumir riscos refere-se às ponderações das pessoas quanto à disposição de correr riscos, considerando o ramo de atividade que elas exercem ou desempenham.

Há situações que exigem rápida tomada de decisão mediante o maior número de informações possíveis. Um executivo propenso a correr riscos pode tomar decisões com um número reduzido de informações, enquanto outro, evitando correr riscos, prefere gastar mais tempo na obtenção de mais informações para tomada de decisão.Dependendo da profissão ou atividade, correr riscos torna-se mais ou menos essencial.

A personalidade Tipo A, são pessoas que possuem grande ambição e desejo de conquistar bens materiais, medindo seu sucesso pela quantidade de bens acumulados. Sempre em movimento, impacientam-se com o ritmo dos acontecimentos em geral. Pensam e realizam várias atividades ao mesmo
tempo, não suportando momentos de ócio essas pessoas apresentam níveis de estresse
de moderado a alto, operando quase sempre dentro de prazos fatais. Rápi
dos, esses trabalhadores enfatizam mais a quantidade do que a qualidade e seu comportamento são mais previsíveis do que o do Tipo B, pois raramente mudam suas respostas mediante desafios específicos colocados em seu ambiente. Entre os traços de personalidades demonstradas, sobressai-se a motivação, a competência, a agressividade e o desejo de sucesso destacando-se geralmente nas primeiras entrevistas no processo de seleção realizado pelas empresas.

As personalidades do Tipo B caracterizam pessoas menos ambiciosas, que não se sentem pressionadas a acumular bens, que são mais pacientes e calmas e que realizam atividades de forma tranquila e por prazer, sem preocupação em provar sua personalidade a qualquer custo.

Personalidade proativa age de maneira a obter a mudança desejada, perseverando até que ela ocorra, sendo capazes de enfrentar os obstáculos.

Para as empresas, as pessoas de personalidade proativa são desejáveis quando necessitam de pessoas com espírito empreendedor. Por outro lado, as ações de pessoas proativas não são desejáveis quando demonstram contestações, propensas a ocupar cargos de liderança e promover modificações dentro da organização, e não hesitam em deixar a empresa para abrir seu próprio negócio.

A satisfação é maior e a rotatividade menor quando a personalidade e o trabalho estão
em sintonia. Pessoas sociáveis devem estar em trabalhos sociais; as convencionais em
trabalhos convencionais, e assim por diante. Uma pessoa realista em uma ocupação realista está em uma situação mais congruente do que se estivesse, por exemplo, em um trabalho investigativo. Essa pessoa, em um trabalho social, estaria na situação mais incongruente possível. Os pontos básicos desse modelo são:

         I.            Parecer existir diferenças intrínsecas de personalidade entre as pessoas;

       II.            Há diferentes tipos de trabalho;

     III.            Os indivíduos inclusos em ambientes ocupacionais congruentes com seu tipo de personalidade tendem a ter maior satisfação com o trabalho e menor probabilidade de sair dele voluntariamente do que aquelas que estão em situação inversa.



Quanto mais ciente a pessoa estiver sobre a relação existente entre o perfil de personalidade e a profissão, mais facilmente poderá optar por atividades profissionais condizentes com suas aptidões pessoais e, consequentemente, maiores serão suas chances de sucesso e realização profissional.

Fonte: http://psicologiaufersa.blogspot.com.br/2011/06/comportamento-humano-nas-organizacoes_01.html

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