Vivemos num mundo diversificado e cada vez mais competitivo, repleto de mudanças, dificuldades e problemas, onde devemos estar em constantes adaptações. Dentre essas mudanças, a Gestão de Recursos Humanos não poderia ficar de fora, passando inclusive a ser uma das áreas de destaque nas organizações.
Há algum tempo atrás as pessoas eram vistas apenas como recursos de produção, máquinas, seres que não pensavam e só produziam, sem valorização profissional. As organizações não se preocupavam com o bem estar das pessoas, com os benefícios. Isto poderia ser visivelmente percebido na era industrial.
Na era da informação, as pessoas passaram a representar o capital humano, vistas como seres produtivos. Este capital pode agregar mais ou menos valores para a organização. Existem características humanas: talento, conhecimento e competências que são fundamentais para gerar o crescimento organizacional. Entretanto, todas as características humanas não valem nada se as organizações não valorizá-las e não alavancá-las, ou seja, não permitirem que as pessoas mostrem as suas características e, conseqüentemente, saibam aproveitá-las.
O Capital Humano é um conjunto de habilidades, atitudes, competências, conhecimentos e imaginação dos colaboradores das organizações. Neste contexto, a Gestão de Pessoas deve atrair, reter, desenvolver e motivar os colaboradores.
O ser humano é um ser social, que vive constantemente em contato com outros seres. Cada ser tem suas restrições e limitações que, em conjunto, para conseguir um determinado objetivo se mobilizam formando as organizações. Estes objetivos não podem ser alcançados se executados apenas por uma pessoa, devendo ser realizados, em conjunto, através da cooperação entre os seres.
As organizações estão focadas nos clientes para perceber seus desejos e assim os produzem. O recurso mais importante hoje é o conhecimento, ou seja, ter o conhecimento, saber usar, aplicar e agregar valores à organização. Neste contexto, as pessoas, são consideradas a base das organizações, pois possuem conhecimentos, habilidades e competências que são responsáveis pelo sucesso ou insucesso das organizações, fazendo parte do patrimônio das organizações, dotadas de conhecimentos e habilidades que agregam valores à organização.
As pessoas são constituídas por valores, crenças, desejos, motivações e necessidades individuais. Cada pessoa tem sua história e sua percepção, ou seja, sua forma de ver, perceber e agir diante as situações. Além disso, as pessoas são movidas por emoções, aptidões, conhecimentos e talentos, que em decorrência de sua atuação são acrescentados às organizações. Podemos dizer que os indivíduos recebem influências familiares e sociais, que, conseqüentemente, interferem no seu comportamento.
Neste contexto, as organizações devem estar preparadas e atentas para seus colaboradores e, conseqüentemente, para suas motivações e percepções, pois eles devem ser parceiros capazes de conduzi-las para o sucesso mais para tanto as pessoas devem ser tratadas como pessoas. Em contrapartida, os colaboradores devem ter inteligência emocional para saber lidar consigo, com os outros e principalmente com as organizações onde atuam, onde os objetivos, muitas vezes, são contrários aos seus.
As necessidades individuais são mutáveis e passageiras, daí cria-se um ciclo motivacional dinâmico e constante. Cada indivíduo tem suas necessidades e estas necessidades são infinitas, quanto mais satisfazemos uma necessidade, mais aparecem novas. A tecnologia e as mudanças constantes em que vive o mundo atual contribuem para que novas demandas apareçam.
A relação entre pessoa X organização é o resultado do clima da organização. Podemos dizer que ele nem sempre é uniforme, variando de acordo com a situação psicológica e com a motivação de cada colaborador e como ele recebe e percebe as informações do ambiente interno. Entretanto, o equilíbrio do clima é fundamental nesta relação. Sentimentos negativos exercem impactos negativos, e conseqüentemente, insatisfação dos colaboradores. Já os sentimentos positivos produzem impactos positivos.
Antes o Departamento de Recursos Humanos ou Departamento de Pessoal era departamento de cunho burocrático, que controlava as atividades contábeis, legal e administrativa, dentre elas: rotinas de pessoal, contratação.
Hoje a Administração de Recursos Humanos ou Gestão de Recursos Humanos ou ainda Gestão de Pessoas passou a ter outra postura. As pessoas não podem mais ser vistas como custos ou como recursos descartáveis, principalmente porque as organizações não mais administram pessoas, e sim administram com as pessoas, pois elas fazem parte do processo a são vistas como patrimônio e como recursos produtivos.
Os gestores de Recursos Humanos devem ser agentes de mudanças, além de valorizar o conhecimento, partindo do principio que o aprendizado é contínuo e conseqüentemente agrega valor aos colaboradores e à organização.
Os gestores de Recursos Humanos devem ter empatia e sensibilidade para perceber as emoções presentes nas equipes. A Administração de Recursos Humanos deve, ao mesmo tempo; alavancar a organização e estar preocupada com seus colaboradores, desenvolvendo e mantendo a qualidade de vida no trabalho de forma harmoniosa.
Neste contexto, a Administração de Recursos Humanos deve ser uma área capaz de transformar as organizações em organizações cada vez melhores, buscando a valorização das pessoas para que elas aprendam a aprender e apliquem seus conhecimentos na organização, contribuindo para o sucesso organizacional.
As organizações passaram a reconhecer e valorizar as pessoas, percebendo inclusive que as mesmas agregam valores e representam o Capital Intelectual, ou seja, não representam custos. Tal fato pode ser evidenciado nas organizações atuais e nos colaboradores que nelas atuam. Inclusive, percebe-se a preocupação das pessoas estarem buscando o aprendizado contínuo, através de graduação, pós-graduação e cursos especializados nas atividades que executam na empresa. Além disso, as próprias empresas têm buscado investir nos seus colaboradores, através de treinamentos e do compartilhamento do conhecimento.
Entretanto, podemos ainda encontrar algumas organizações onde a forma de gestão ainda é burocrática, com características mecanísticas, fruto do modelo de gestão utilizado na Era Industrial. Contudo, organizações com estas características não terão vida longa, pois para o sucesso ou fracasso das organizações é necessário que seus colaboradores estejam comprometidos e que estejam em interação com os objetivos e valores organizacionais. Além disso, todo ser humano precisa de reconhecimento.
Neste contexto, se faz necessário que as organizações estejam atentas para as mudanças que vivemos e ainda vamos viver, afinal as organizações são constituídas de pessoas e seu ambiente é dinâmico, composto de fatores internos e externos e os colaboradores das organizações precisam estar inseridos neste contexto organizacional. Por isso, mais uma vez salientamos a importância na interação entre as pessoas e as organizações.
Percebe-se que os fundamentos básicos para a interação entre as pessoas e as organizações são:
1. Que as organizações percebam e compreendam que:
- para uma organização existir são necessárias pessoas;
- os colaboradores têm percepções, interesses e necessidades individuais e coletivas;
- os colaboradores têm papel fundamental no resultado da organização ( fracasso ou sucesso) representando inclusive o Capital Intelectual;
- devem constantemente educar, planejar e integrar os colaboradores.
- as organizações têm missão, visão e objetivos gerais e específicos;
- elas passam a maior parte do tempo nas organizações e que devem manter uma relação harmônica e produtiva na organização;
- elas devem agregar valor à organização, sendo inclusive responsáveis pelo resultado da organização (fracasso ou sucesso).
Neste contexto os fundamentos básicos estão contidos na própria relação de interação: pessoas X organizações.
Desta forma, a Gestão de Recursos Humanos ganhou um papel estratégico e importante nas organizações, onde de um lado defende os interesses da organização, com estratégias voltadas para o negócio e do outro defende os interesses dos empregados, compreendendo assim os interesses individuais, organizacionais e coletivos, objetivando a interação entre as pessoas e a organização onde atuam de forma harmoniosa e estável.
Percebe-se que, a Gestão de Recursos Humanos tem 03 (três) funções básicas: planejar, integrar e educar, e que através destas funções juntas a Gestão de Recursos Humanos interage constantemente com as pessoas e as organizações.
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/a-importancia-na-interacao-entre-pessoas-e-organizacoes/47977/
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