Profissionais de nível técnico estão em alta no mercado e chegam a ganhar salário de até R$ 8.600 em início de carreira, segundo levantamento feito pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
É o caso técnicos de mineração no Rio, que recebem um salário médio inicial de quase 14 salários mínimos. Na mesma cidade, técnicos em mecatrônica recebem R$ 4.050 logo após a conclusão do ensino técnico.
Em São Paulo, os mais requisitados são os projetistas e os técnicos em manutenção. Na média, os salários iniciais desses profissionais giram em torno de R$ 4.150 e R$ 3.548, respectivamente.
No Nordeste, o Estado com melhores salários iniciais é Pernambuco. Técnicos em soldagem e em montagem industrial recebem, em média, R$ 4.500 iniciais.
Para realizar o levantamento, o Senai analisou os salários de admissão das ocupações de nível médio mais demandados pela indústria.
O estudo foi baseado em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, e em informações coletadas com diretores regionais de 18 Estados do Senai.
OCUPAÇÕES DE NÍVEL SUPERIOR
O salário médio de admissão das 21 ocupações técnicas selecionadas pelo Senai foi de R$ 1.485, segundo dados dos últimos 12 meses registrados no Caged em todo o Brasil.
Comparando a remuneração média inicial com a de algumas profissões de nível superior, os os trabalhadores com nível técnico recebem mais que arquivologistas e museólogos, auditores fiscais do trabalho, designers industriais, filósofos e cientistas políticos, policiais, guardas-civis municipais e agentes de transito, terapeutas ocupacionais e professores de ensino fundamental e médio.
1 MILHÃO DE EMPREGOS
Segundo informações do Caged, foram criados 1,04 milhão de postos de trabalho para a mão de obra especializada em 2011.
O Senai diz que a demanda da indústria por mão de obra "está fazendo com que essas ocupações fiquem atrativas até se comparadas a algumas ocupações de nível superior".
Para a instituição, o cenário tem de ser analisado pelos jovens como uma opção interessante de carreira.
BAIXA PROCURA
No mundo, levantamento da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostra que, enquanto metade dos estudantes dos países desenvolvidos opta por cursos profissionais de nível médio, no Brasil essa quantia é inferior a 30%.
Nos países desenvolvidos, a procura pelos cursos técnicos é grande, segundo o Senai, porque boa parte têm programas voltados para atender às demandas do mercado de trabalho.
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