quarta-feira, 30 de julho de 2014

Vocação. Como descobrir a sua?

Desde pequenos somos altamente influenciados e pressionados a decidir por uma carreira que nos gere sucesso em tudo; pessoal, profissional, financeiro, social e por aí vai. 

“Não tenha sentimento de culpa se não souber muito bem o que quer da vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham, aos 22 anos, nenhuma idéia do que fariam na vida. Algumas das pessoas interessantes de 40 anos que conheço ainda não sabem”. Trecho extraído do vídeo Filtro Solar.
Por que demoramos tanto para encontrarmos nossa real vocação?
Desde pequenos somos altamente influenciados e pressionados a decidir por uma carreira que nos gere sucesso em tudo; pessoal, profissional, financeiro, social e por aí vai.

Os primeiros influenciadores são nossos pais, que por muitas vezes, desejam realizar em nós seus sonhos não realizados. Depois, os pais de nossos amigos, vizinhos, parentes e até celebridades.
Julgo que a maior dificuldade em descobrimos nossa vocação e o que realmente nos fará felizes, é o fato de darmos mais importância aos resultados que serão alcançados, ou seja, às consequências de nossas escolhas, do que propriamente a prática de atividades prazerosas.
Mas como aliar todas as necessidades de conquistas materiais com a prática de atividades profissionais prazerosas?
Meu conselho começa pela quebra de paradigmas, e aí, é como mexer num vespeiro.
Primeiro, é necessário acreditarmos profundamente que dinheiro é consequência e não causa. No entanto, até chegarmos nessa maturidade, é preciso que enfrentemos muitos desafios, como os “pessimistas de plantão”.
Pessimistas de plantão são aquelas pessoas medrosas, por muitas vezes fracassadas ou que invejam o sucesso alheio e para que outras pessoas não venham a serem sucedidas, fazem de tudo para desestimulá-las de suas crenças e sonhos.
Outros dois aspectos fundamentais são: planejamento e coragem.
É importante ter um planejamento claro e com datas definidas para se saber quanto tempo será necessário atuar profissionalmente para atender as necessidades básicas e obter uma boa reserva financeira como segurança.
Já a coragem, deve estar presente em todos os momentos de tomada de decisão; desde a escolha da atividade a ser exercida à quantidade de tempo e dedicação que serão investidos, e com todos os riscos a correr.
Na prática, aconselho que aproveite ao máximo todas as chances de trabalho, procurando diversificar os segmentos, cargos e funções. Não se restrinja a permanecer vinculado a uma empresa pelo que ela oferece apenas de remuneração e benefícios, mas sim no reconhecimento e oportunidade de satisfação. Mude tantas vezes quantas forem necessárias.
Por fim, acredite que suas realizações, profissional e financeira, serão resultados da sua satisfação e entrega pessoal.
Afinal, você só descobrirá que o sabor de uma pizza poderá ser mais gostoso e prazeroso, quando for a pizzaria e ousar mudar o pedido tradicional.
“Deus nos deu o talento. Cabe-nos fazer descobrir, despertar e mantê-lo vivo”.
Maurício Seriacopi

Palestrante, coach, gestor e consultor empresarial com mais de trinta anos de experiência nas áreas comercial egestão de pessoas liderando equipes multiprofissionais em empresas de todos os portes.

Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?rh=Vocacao.-Como-descobrir-a-sua?&idc_cad=zvoosagob

domingo, 20 de julho de 2014

Saúde E Qualidade De Vida Como Desafio Psico-espiritual

Este artigo visa propiciar uma reflexão acerca da saúde e qualidade de vida, a partir de uma visão multidimensional do ser humano.

A saúde é a nossa meta suprema de vida, uma dádiva de Deus. Aqueles que não são tão ambiciosos e gananciosos costumam rezar pedindo a Deus por saúde e proteção, porque “o resto a gente corre atrás”, costumamos falar. Sentir-se saudável, ou seja, não ter nenhuma doença, é um alívio, um conforto, especialmente, nesses dias atuais onde pelo menos uma pessoa de cada família tem ou já teve câncer, sofre de problemas cardíacos, diabéticos ou algum outro crônico.

O fato é que a saúde, é, realmente, uma bênção. Mas, não falamos somente da saúde como a ausência de doença, aquela que se instala no nosso corpo físico e procuramos um médico para que com sua dedicação e competência nos medique e nos sintamos confortáveis.

A Organização Mundial de Saúde, OMS, define saúde como o estado de completo bem estar do ser humano integral: biológico, psicológico, social e espiritual. E, é muito interessante notar, que, agora, desde 1998, o espiritual também integra esse conceito, chegando a uma visão totalitária do homem, na sua multiplicidade.

Entretanto, na grande maioria das vezes, o que fazemos é: valorizamos um determinado aspecto, geralmente o físico, porque é aquele que mais incomoda, preocupa, doe, faz sofrer, nos coloca em contato com a iminência da nossa própria morte, e, dessa maneira, terminamos, por descuidar ou negligenciar os outros. Quando o desafio é, assim como o malabarista do circo, conseguir manter todos os pratos no ar ao mesmo tempo, com habilidade, leveza e graciosidade.

E, para isso, precisamos estar verdadeiramente atentos a nossa saúde integral e aos sinais que nos são enviados, inclusive, alguns, em forma de doença física propriamente. E, muitas vezes, ao nos depararmos com a doença, nos queixamos, reclamos e lamentamos: “Oh, meu Deus, mas porque comigo? Ou: Porque com meu filho, minha mãe ou qualquer outro ente querido que é tão bondoso?” E, assim, paralisamos, muitas vezes, na angústia da não aceitação, da revolta, e perdemos a chance de fazer a pergunta inteligente, sábia:

“O que essa doença quer me mostrar?

Onde estamos atrapalhando a nós mesmos?

O que quer me ensinar? e O que preciso aprender?

O que mudar, transformar nessa minha vida?

Diante de que tarefa psíquica, espiritual a doença me coloca?”


E muitas outras perguntas...

A vida é cheia de paradoxos e um destes nos apresenta de forma muito interessante, sutil, quando a doença nos mostra o caminho para a busca da saúde emocional e espiritual, pois a doença pode nos ajudar a enfrentar a nossa própria sombra, nos mostra o que excluímos de nossas vidas ou nos “protege” de alguma sobrecarga emocional para a qual não estávamos preparados para enfrentar. Nesse sentido, a doença é um símbolo através do qual a nossa alma se expressa. Como também, conforme entendimento de alguns estudiosos, a doença de um membro da família pode demonstrar o estado da família, como um espelho no qual os outros também poderiam se ver, como se aquele ente doente fosse aquele que denunciasse o sintoma familiar.


Portanto buscar a saúde, é cuidar generosamente do nosso corpo físico, residência da nossa alma, e reconciliarmo-nos com a nossa própria sombra, admitir as necessidades que ficaram reprimidas por longo tempo, aceitá-las de forma que também possam ser aceitas pelos outros.


E esse caminho se dá pela ampliação da nossa consciência para que estejamos atentos ao que a nossa saúde nos pede, aprendendo a ouvir e entender os sinais que vamos tendo ao longo da vida e que nos convida para um cuidado consigo como um chamado do que sua sabedoria interior realmente quer.


• Ana Cristina Botelho, psicóloga e coach

Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?rh=Saude-E-Qualidade-De-Vida-Como-Desafio-Psico-espiritual&idc_cad=o8f59j96y

O Toque Humano Nas Organizações

Quando realizamos nossos projetos de Pesquisa de Clima Organizacional, os indicadores da eficácia das comunicações sistematicamente são mal avaliados. Quando conduzimos Workshops e Palestras, as pessoas sempre relatam muitas carências nas comunicações, e como isso prejudica o trabalho em equipe e os relacionamentos, como isso causa desmotivação, perda de eficiência e irritações.
As pessoas não se sentem informadas de aspectos essenciais de seus trabalhos e tem grandes dificuldades em dar e em receber feedback; assim, as fofocas, boatos e rumores são intensos. As reuniões, planejadas para suprir essas dificuldades, geralmente são vistas como pouco eficientes e grandes desperdiçadoras de tempo.

Quando se apresentam estes dados às Direções das empresas, há muita perplexidade, pois grandes investimentos ocorreram em sistemas como Intranet, Internet, TV Corporativa, quadros de aviso, informativos, conference calls, café da manhã com a Diretoria, reuniões de todos os tipos.

No nível organizacional, as dificuldades de comunicações são um sintoma que tem sua origem em:

• Estrutura: definição insuficiente das responsabilidades e poder decisório de cada um, gerando centralização

• Processos: as pessoas não sabem se devem ou não enviar certos tipos de informação, nem quando, nem como

• Liderança: estilos centralizadores implicam em dificuldades de comunicação. Há exagero no canal “de cima para baixo”

• Habilidades nos relacionamentos: quando não existe a consciência dos estilos próprios e dos outros, as comunicações não fluem com naturalidade

• Temor de dar e receber feedback: muito influenciado pela nossa cultura, onde falta clareza nas mensagens. Tendência de ser genérico, de ficar “dourando a pílula” ou “dando voltas”

• Cultura da empresa: manifesta-se na ênfase nos aspectos técnicos em detrimento dos humanos e em políticas de gestão de pessoas que incentivam a desconfiança

• Momento da empresa: épocas de crise tendem a prejudicar as comunicações

Cabe lembrar que só 7% do processo de comunicação se deve ao conteúdo, e que 93% do sucesso das comunicações se deve a como é dito, o tom de voz, onde e quando é falado, a postura corporal.

Excelentes processos tecnológicos não substituem esse contato, esse “toque humano”. Nas reuniões virtuais, cada vez mais freqüentes num mundo globalizado, é desejável que haja um canal de voz e de imagem para minimizar os efeitos da distância e superar barreiras, tais como:

• idioma

• tempo (fuso horário)

• cultura

• sobrecarga

Mas, afinal, o que as pessoas querem nas comunicações?

Querem a comunicação “quente”, olho no olho, em duas vias, onde a pessoa possa ouvir e também possa falar, onde haja um tempo sem interrupções, onde a pessoa possa ter um receptor que ouve ativamente e que utilize uma linguagem compreensível.



(*) Gustavo G. Boog é Consultor e Terapeuta Organizacional.

Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/rh.php?rh=O-Toque-Humano-Nas-Organizacoes&idc_cad=lnqdqo57c